Em encontro nessa segunda-feira (19), o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) debateu as ações que serão desenvolvidas para a contenção do peixe-leão (Pterois volitans) e do coral-sol (T. coccineaT. Tegusensis). O momento contou com a presença da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Segundo o IMA, nesta fase, as pesquisas da instituição de ensino serão levadas em consideração, visto que o peixe-leão e o coral-sol são duas espécies invasoras, não nativas do Brasil e demandam atenção.
Juliano Fritscher, consultor ambiental do IMA, contou que o peixe-leão e o coral-sol já foram registrados no estado, no entanto a dimensão das proliferações ainda não foi calculada. “Como invasores, esses animais possuem uma capacidade muito maior do que as espécies nativas de se espalharem pelo ambiente."
Com a reunião, o IMA, a Ufal e o Ibama devem atuar como propagadores dessas informações, que atualmente estão no meio acadêmico. O objetivo é aumentar a rede de conhecimento, principalmente entre os pescadores e demais atores sociais, como colônias de pescas, empresas de mergulho e turismo.
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PEIXE-LEÃO E CORAL-SOL
O peixe-leão possui espinhos venenosos e prejudiciais à saúde humana, apresentando riscos para turistas, pescadores e mergulhadores que atuam na área costeira, além do próprio ecossistema onde se insere, afetando animais marinhos como predador em potencial. Sem espécie predatória, por sua vez, tem uma proliferação rápida e sem controle.
Já o coral-sol consegue dividir sua reprodução em vários períodos diferentes durante o ano, o que aumenta seu potencial de disseminação. Por ser uma espécie exótica, não existem predadores naturais para ele também. Assim, sua proliferação se sobrepõe às espécies nativas, gerando um desequilíbrio nos ambientes recifais.
*com informações da assessoria.