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Igreja Batista do Pinheiro pede que templo seja tombado como patrimônio histórico

Pedido tem apoio de vários movimentos sociais; segundo pastor, igreja representa resistência e luta social na cidade

A Igreja Batista do bairro do Pinheiro (IBP), em processo de desativação e desocupação em razão da instabilidade do solo no bairro, associada à mineração na área, levantou, junto com representações dos movimentos sociais da cidade, solicitação de tombamento do templo religioso como patrimônio histórico. Lançado na terça-feira (20), o abaixo-assinado tem circulado virtualmente, como instrumento de pressão pelo pleito.

Hospedado no site change.org, a petição tem como meta 500 assinaturas e, neste momento, já passa das 400. Segundo o pastor Wellington Santos, responsável pela comunidade, a iniciativa partiu da necessidade de manter viva a representação simbólica do espaço. “Seria importante a gente lutar pelo templo da IBP, que está presente no bairro desde 1941, e tem toda uma representação simbólica. Não apenas por ser um espaço religioso, mas, por ter uma representação dos movimentos sociais, na cidade, no campo, e por representar um espaço aberto, de inclusão, ecumênico, inter-religioso, que sempre esteve em parceria com as lutas sociais, em defesa da dignidade do ser humano”, salienta o líder religioso.

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Diferentes entidades, organizações e movimentos do estado de Alagoas vieram a público, por meio de manifesto, apoiar o pedido de tombamento do prédio. Segundo o texto, o apoio vem “em reconhecimento e respeito à longa trajetória histórica e aos relevantes serviços prestados pela referida Igreja à população alagoana”.

O manifesto é assinado por diversas representações, entre elas o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) e Unidade Popular (UP).

Ainda segundo o pastor, a importância do reconhecimento é o legado dos trabalhos realizados pela IBP, não apenas na instancia social, mas também no momento histórico de representação dos interesses da população durante a desocupação do bairro. “Mais do que importante manter essa memória viva, para que anime as futuras gerações, sabendo que há uma comunidade que teve e tem uma pauta na qual o Evangelho perpassa na luta pela vida, justiça e dignidade. Todo esse debate que houve no bairro, com as associações, Tribunal de Justiça etc., aconteceram dentro desse templo, que tem uma lista de serviços prestados à sociedade alagoana”, destaca.

No texto disponível junto ao abaixo-assinado, é explicado que o pleito do Tombamento do Templo já foi protocolado junto à Secult-AL, através do ofício Nº 04/2021, de 29/03/21, emitido pelo Gabinete do deputado estadual Ronaldo Medeiros, e aguarda as providências dos órgãos competentes.

“Não faríamos isso se não estivéssemos numa situação de criticidade, temos 5 bairros que estão à porta de ter as suas memórias todas apagadas. Segundo o Prof. Abel Galindo Marques, geotécnico, a área onde a IBP se encontra não apresenta esses riscos. Uma vez tombado, o espaço não deve ser frequentado regularmente, dependendo de como ficará a situação desses bairros, porém, o tombamento é fundamental para manter viva a memória de resistência e da luta de um Evangelho de Jesus Cristo que não se curva ao capital”, conclui o líder religioso.

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