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'Fiz o que consegui para salvar as pessoas', diz esposa de militar morto em incêndio

Mulher, que é brigadista, utilizou seu conhecimento para salvar a família e outros hóspedes


			
				'Fiz o que consegui para salvar as pessoas', diz esposa de militar morto em incêndio
Fogo em hotel na Pajuçara. Foto: Corpo de Bombeiros

A esposa do militar do Distrito Federal que estava no hotel na Pajuçara, no momento do incêndio, também foi uma verdadeira heroína. Através de seus conhecimentos como brigadista, ela conseguiu salvar a vida de parte da família e de outros hóspedes. Porém, o marido dela, Adriano Damásio Lopes, de 44 anos, morreu após inalar fumaça. Ele também estava ajudando no resgate das vítimas.

A mulher contou que a família estava dormindo e acordou sentindo o cheiro da fumaça. O militar, então, abriu a porta e viu o fogo, alertando os familiares.

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“A primeira coisa que eu fiz foi envolver todas as toalhas na água, enrolei na cabeça deles e pedi para todos segurarem nas mãos uns dos outros e fui apalpando a parede pra gente chegar na saída de emergência, porque eu já tinha feito o mapa mental do lugar.”

Segundo ela, o marido acabou soltando a mão da sogra e foi em outra direção.

“Eu tentei voltar umas cinco vezes, foi quando encontrei outra hóspede dizendo que a irmã estava no quarto. Então eu voltei lá, abri a porta e tirei elas. Liguei a luz do celular e fiquei sinalizando a saída de emergência para o pessoal sair. O máximo que eu consegui salvar de pessoas, eu fiz, mas foi bem difícil”, relatou à TV Gazeta.

No entanto, no momento da entrevista à emissora, a esposa não sabia da morte do marido.

O militar ajudou a retirar as vítimas do sexto andar, onde as chamas se concentraram, inalando muita fumaça. Ele foi levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu.

O militar, sua esposa, a filha de 9 anos e a sogra estavam de férias em Maceió e retornariam para casa ainda hoje, com as malas já prontas.

O 2º sargento Adriano Damásio Lopes era lotado no Batalhão de Trânsito (BPTran) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A PMDF está avaliando o traslado do corpo para o DF. A corporação divulgou uma nota de pesar, ressaltando que ele morreu “em um ato de bravura e total abnegação.”

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