Trocado no necrotério do Hospital Sanatório, em Maceió, e sepultado na última sexta-feira (8) como se fosse outra pessoa, Juarez Queiroz de Lima, de 64 anos, não teve o último desejo atendido: ser enterrado no mesmo túmulo que os pais. Quatro dias após o fato, os filhos de Juarez tentam reverter a situação e já contrataram advogados para ir buscar, na Justiça, o direito de sepultar o pai.
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) recomendou que não houvesse exumação de corpos até o fim da pandemia de coronavírus, mas, apesar disso, os filhos de Juarez querem garantir um enterro digno e conforme o desejo do pai.
Leia também
A peregrinação da família Lima começou na sexta-feira (8), quando souberam da morte do pai, vítima de Covid-19. Quando os funcionários da funerária foram até o hospital particular Sanatório recolher o corpo, ele não estava lá. Neste momento, a história de Juarez se mistura com a de Benedita Francisca Cândido dos Santos, de 78 anos.
Juarez foi levado por outra funerária como sendo Benedita e foi enterrado pela família da idosa. Quando a funerária foi recolher o corpo de Juarez, ele não estava mais lá, no entanto, o de Benedita, que teoricamente já tinha sido sepultada, continuava no local. Foi aí que o erro foi percebido.
A família de Benedita Francisca Cândido dos Santos a sepultou no sábado (11), mas, a família de Juarez Queiroz Lima não conseguiu retirar o corpo do pai do túmulo de Benedita para que fosse para o local certo. Sem despedida, sem sepultamento, os filhos de Juarez tentam atender o último desejo do pai.