Familiares da mulher trans Anna Luiza Pantaleão estão pedindo ajuda da sociedade para custear as despesas do traslado do corpo da alagoana, que foi morta com um golpe de canivete no estado de São Paulo.
O corpo dela foi encontrado, nessa terça-feira (19), às margens de uma rodovia no município de Pirapora do Bom Jesus. O suspeito confessou o crime.
Nas redes sociais, uma postagem está sendo compartilhada por familiares e amigos da vítima. Quem puder ajudar, pode doar através da chave pix: 093.760.674-01, em nome de Lays Mayara Pantaleão.

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Anna Luiza foi morta por um motorista por aplicativo que se recusou a ter relações sexuais depois de descobrir que ela era, na verdade, uma mulher trans.
De acordo com o delegado Marcelo do Prado, do 1º DP de Carapicuíba, a vítima e o suspeito não se conheciam até o dia do crime. Conforme depoimento, o suspeito disse que estava trabalhando como motorista por aplicativo, quando resolveu contratar os serviços de garotas de programa. No entanto, ele afirma que não sabia que se tratava de uma mulher trans. Ele alega legítima defesa.
Segundo o delegado, após matar a vítima com um golpe de canivete no pescoço, a levou para um motel na cidade vizinha onde ocorreu o crime. Isso teria ocorrido para que ele enrolasse o corpo da trans, ainda sangrando, em um lençol. Em seguida, a vítima foi deixada às margens de uma rodovia, localizada em Pirapora do Bom Jesus, em São Paulo.
“Ela morreu minutos depois de entrar no carro, ele parou numa rua escura, onde essas moças fazem programa. Lá, ele a matou, e, ao invés de procurar a polícia, ele se dirigiu para Santana de Parnaíba, município vizinho, entrou no motel com ela morta, para se apoderar de um cobertor e enrolar o corpo que ainda sangrava, de onde se dirigiu até Pirapora, onde deixou o corpo”, explica.
Agora, a polícia investiga o crime de homicídio e aguarda o resultado pericial realizado no veículo do suspeito e na vítima para confirmar, dentre outras coisas, a causa da morte e, também, se houve ou não relação sexual entre vítima e suspeito, antes ou depois do assassinato.