Sob palavras de ordem pedindo "Fora, Temer", dezenas de integrantes de entidades de classe protestaram, na tarde desta segunda-feira (19), no Centro de Maceió, contra a Proposta da Reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional. A proposta apresentada pelo governo Michel Temer (MDB) foi suspensa após a presidência decretar intervenção federal na cidade do Rio de Janeiro, diante dos sucessivos casos de violência.
Segundo a presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rilda Alves, os militantes dos sindicatos e entidades reagiram à proposta pelo fato de o texto ser "extramente prejudicial aos trabalhadores brasileiros, sobretudo, aos mais pobres". Segundo ele, durante toda esta segunda-feira, várias mobilizações foram realizadas com o objetivo de cobrar apoio por parte dos deputados e senadores da bancada federal de Alagoas.
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De acordo com a organização do protesto que percorreu o centro de Maceió, o primeiro ato teve como objetivo apresentar à população em geral os desmontes que estão sendo feitos pelo Governo Federal. Na ocasião, eles conversaram com transeuntes e tiraram dúvidas sobre as problemáticas levantadas, apontando "que os mais pobres são os principais alvos das mudanças apresentadas pela equipe econômica de Temer".
Antes do ato no Centro de Maceió, os representantes de classes fizeram protesto no Aeroporto Zumbi dos Palmares e bloquearam vias do estado, impedindo a passagem de veículos.
"Dialogamos com os políticos do nosso estado que estavam embarcando para Brasília e a maioria se prontificou a lutar ao nosso lado contra a retirada de direitos orquestrada pelo Governo Federal. Não podemos aceitar que esses direitos sejam sepultados por interesses outros. Vamos cobrar da bancada esse compromisso pelos direitos dos trabalhadores brasileiros", sentenciou Rilda.
Ela lembrou que, em regra, a população trabalha a vida inteira para ter, ao menos, uma aposentadoria digna, que assegure tranquilidade durante a velhice. "Passamos a vida inteira trabalhando e esperamos por nossas aposentadorias e, agora, vemos esses direitos sendo ameaçados. Cobramos nossos políticos e nos comprometemos a ficar de olho. Quem não lutar pelo povo já está ciente de que lutaremos permanentemente contra seus projetos de reeleição", acrescentou ela.
Manifestantes reagiram em Maceió contra reforma da Previdência
FOTO: Alexandre Barbosa