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Emissário Submarino corre risco de desabar? Engenheiros e BRK explicam o cenário

Equipamento tem apresentado problemas em sua estrutura, o que tem gerado preocupação


				
					Emissário Submarino corre risco de desabar? Engenheiros e BRK explicam o cenário
Crea-AL e Ibape realizaram visita técnica no Emissário Submarino para avaliar riscos. Foto: Crea-AL

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) conduziu, nessa terça-feira (25), uma visita técnica com especialistas ao Emissário Submarino de Maceió, na Avenida Assis Chateaubriand, que vem apresentando problemas em sua estrutura, o que tem gerado preocupação. Engenheiros explicaram o cenário, e um relatório técnico será elaborado e enviado à Prefeitura de Maceió e à BRK. Obras estão previstas para 2025.

De acordo com o presidente em exercício do Crea-AL, engenheiro mecânico Roberto Jorge Chaves de Barros, a visita foi uma atuação direta da entidade, considerando que o interesse público levantou grandes questões sobre a segurança da construção.

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“Sentimos a necessidade de convocar o corpo técnico do Ibape-AL para avaliar os devidos riscos, dada a gravidade da situação que nos foi apresentada. Os especialistas agora reunirão tudo o que foi apurado e elaborarão um relatório técnico que será encaminhado às autoridades, como o Ministério Público, a Prefeitura de Maceió e a própria BRK", revelou Roberto Jorge.

Também foram convidados para a inspeção o presidente da regional alagoana do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape-AL), engenheiro civil Marcelo Daniel; seu vice-presidente, engenheiro civil Paulo Roberto; além das integrantes engenheira civil Fátima Melo e engenheira civil Josiane Araújo. O grupo também contou com o apoio técnico do engenheiro civil Agliberto Costa, especialista em estruturas, que contribuiu com seu conhecimento na vistoria.


				
					Emissário Submarino corre risco de desabar? Engenheiros e BRK explicam o cenário
Vistoria foi realizada nessa terça, 24. Foto: Crea-AL

Segundo o presidente do Ibape-AL, engenheiro civil Marcelo Daniel, as primeiras impressões aumentam ainda mais essa preocupação. “Existe um alto grau de risco aqui. A situação está de tal forma que não há mais garantia de estabilidade. A erosão é significativa, a estrutura está desgastada e segue sustentada apenas pelo conjunto, podendo ruir a qualquer momento. As providências devem ser urgentes”, explicou.

Agliberto Costa, engenheiro especialista que também acompanhou a vistoria, confirmou a gravidade da situação e listou alguns pontos de atenção. “Todo o encamisamento dos pilares de sustentação já está totalmente precário, há furos que não foram vedados e que aceleram a ação da água e do sal, e o guarda-corpos já está deteriorado. É um conjunto de fatores que denuncia, de forma alarmante, a urgência dessa situação”, alertou Agliberto.

A estrutura


				
					Emissário Submarino corre risco de desabar? Engenheiros e BRK explicam o cenário
Emissário Submarino. Foto: Assessoria MPE

Inaugurado em maio de 1989 pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), o Emissário Submarino de Maceió é um sistema destinado a lançar os esgotos sanitários para além da costa, aproveitando a vazão do oceano para realizar um despejo descentralizado.

Dados da BRK, atual administradora, indicam que a estrutura possui 3,6 quilômetros de comprimento, sendo 600 metros de tubulação aérea que leva e dilui as impurezas a uma profundidade mínima de 15 metros.

Obras para 2025

Em nota, a empresa informou que já iniciou as ações para avaliação das condições estruturais de todo o Emissário Submarino nos primeiros meses de operação na Região Metropolitana de Maceió (RMM). “As análises, feitas por empresas especializadas, indicaram a necessidade de reparos, mas não constataram risco iminente de ruptura ou colapso da estrutura. As patologias identificadas comprometem apenas a durabilidade do equipamento, que já tem mais de 33 anos”, diz a nota.

A empresa também informou que foram realizados, por exemplo, ensaios de resistência à compressão do concreto, módulo de elasticidade, índice de vazios e absorção de água, reconstituição do traço, perda de seção da armadura, carbonatação e outros. “Com esses relatórios de diagnóstico em mãos, a BRK seguiu com as ações para a recuperação da estrutura, contratando os projetos necessários para a realização das obras, que têm previsão de início para o primeiro trimestre de 2025”, finaliza a nota.

*Com assessoria

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