Dezenas de taxistas que rodam no interior de Alagoas protestaram, na manhã desta segunda-feira (27), para cobrar o retorno das atividades ao Governo do Estado. Os manifestantes se concentraram no espaço em frente a um supermercado, localizado no bairro Jardim Petrópolis, em Maceió, de onde partiram, em carreata, em direção ao Palácio República dos Palmares.
O grupo ocupou a faixa do meio da Avenida Fernandes Lima, no Farol, durante a manifestação até o destino, no centro da capital. O ato foi acompanhado por militares do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran).
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A categoria está impedida de trabalhar há mais de 4 meses, quando foram impostas regras de isolamento social para combate ao coronavírus, e, desde então, informa que os prejuízos financeiros só têm aumentado a cada dia que se passa, provocando até desespero em muitos profissionais.
O presidente da Atial [Associação dos Taxistas do Interior do Estado de Alagoas], Luiz Carlos da Silva Liberato, revelou que a entidade enviou vários ofícios endereçados ao governador Renan Filho (MDB), com apelo para que a classe fosse contemplada com o retorno das atividades ou para que recebesse alguma compensação financeira pelas perdas acumuladas neste período.
"No entanto, nenhum pedido que a gente fez foi atendido. Sequer os ofícios foram respondidos até a data de hoje, obrigando a nossa categoria a se mobilizar e tentar, nesta segunda-feira, sentar com o Governo para buscarmos um entendimento. O descaso do poder público com os taxistas do interior não pode continuar", ressalta o líder da entidade.
Ele comenta que a revolta tem sido maior pelo Estado, por meio da Arsal [Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas], só liberar e negociar a retomada do trabalho dos transportadores complementares, marcada para esta terça-feira (28).
"Temos que batalhar pelo nosso sustento também. Tem companheiros desesperados, passando necessidades em casa, sem saber o que vai fazer daqui para frente", afirmou Luiz Carlos.
Enquanto os taxistas protestam pela retomada das atividades, o transporte público na capital segue superlotado, o que vai de encontro às normas sanitárias de segurança. Diariamente, inúmeros passageiros são flagrados dentro dos coletivos, o que já evidencia a falta de distanciamento social, e, muitas vezes, sem nenhuma proteção, como o uso de máscaras e álcool em gel.