Após intervenção do coordenador do Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos Bairros), Ronnie Mota, duas famílias que ainda residiam nos bairros de Pinheiro e Bebedouro deixaram as casas nesta quinta-feira (15).
O coordenador negociou com a Braskem a retirada levando em consideração a necessidade das duas famílias, que estavam vivendo em uma residência localizada em uma área de risco. “Nós avaliamos caso a caso. Em um dos imóveis tinha um caso de necessidade especiais, que precisava ser levada em consideração, que era a fragilidade da saúde do proprietário”, avaliou Ronnie.
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O primeiro morador foi José Pedro, um senhor acamado e vítima de um AVC, que mora com o filho na Rua C, que fica na Praça Jardim Alagoas. De acordo com o filho dele, Jandson, a família não havia encontrado um imóvel pelo mesmo valor oferecido pela Braskem.
“Não encontramos nenhum tipo de casa. E hoje, pela situação da chuva, não achamos prudente ir para um abrigo ou hotel, uma vez que haverá uma grande circulação de pessoas e há um risco de contaminação do meu pai”, desabafou.
A moradora foi Nadja Alves da Silva Lima, que vive no imóvel com a mãe e cria 22 gatos abandonados pela população que evacuou as casas em Bebedouro. Ela afirmou que a residência apresentou um grande vazamento no teto uma vez que o pai, que morava no pavimento térreo da casa, quando fechou acordo sobre sua realocação, resolveu retirar as telhas do local.
“A água entrava pelo teto e como temos essa fiação que corre aqui, com alguns dos fios desencapados, eu estava levando muito choque enquanto puxava a água para escorrer nesses buracos que fiz no chão e nas paredes”, descreveu.