O ex-diretor do Museu Theo Brandão Jose Acioli Filho, de 59 anos, foi encontrado morto na noite desta quinta-feira (16), em sua residência, no bairro do Jaraguá, parte baixa de Maceió. Equipes do 1° BPM e do Samu foram acionadas para o local e confirmaram a ocorrência.
De acordo com assessoria do Samu, o corpo de Acioli foi encontrado com grande sangramento, já sem sinais vitais e com dois orifícios de entrada na região atrás da orelha esquerda. O óbito foi constatado às 19h28.
Leia também
Amigos de Acioli contaram à Gazetaweb que, durante toda esta sexta-feira, haviam tentado contato telefônico com o professor por diversas vezes, mas não tiveram resposta. Depois, receberam uma mensagem sua pelo WhatsApp dizendo que ele tinha ido a Arapiraca socorrer um amigo e que seu telefone iria ficar sem conexão, mas ele avisaria quando retornasse.
Entretanto, o texto estava repleto de erros de português, o que levantou a suspeita de que outra pessoa estaria tentando se passar pelo professor. Por causa disso, familiares de Acioli foram até sua casa e, pela janela, viram o corpo caído no quarto. Arrombaram a porta e constataram que ele havia sido morto.
Professor Acioli, como era conhecido, dirigiu o Museu Theo Brandão até 2018. Ele também lecionava na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), pelo Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Arte (ICHCA), e tinha especialização na área de teatro de animação.
REPERCUSSÃO
Para o diretor da Escola Técnica de Artes da Ufal, David Farias, com a morte de Acioli perde a universidade, o teatro alagoano e a sociedade como um todo. "Um artista raro, um pesquisador que metia a mão na massa. Mesmo com seu doutorado, nunca deixou a cultura popular de lado. Promovia oficinas para projetos sociais e escolas públicas, confeccionava bonecos, era um grande nome do nosso teatro", afirmou.