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Criança de 8 anos de Santana do Mundaú é internada por abstinência às drogas

Medida foi tomada por equipe multidisciplinar após acompanhar situação de menor por 4 anos

Uma equipe multidisciplinar, liderada pelo Conselho Tutelar de Santana do Mundaú, tomou uma medida extrema, esta semana, para tentar salvar uma criança de 8 anos, moradora daquela cidade. O menino foi encaminhado para internamento psiquiátrico, em Maceió, depois de sucessivas idas e vindas a casas de passagens e acompanhamento profissional qualificado. Ele tem histórico de abstinência às drogas e, de acordo com os conselheiros, já cometeu alguns atos infracionais na companhia de outros menores.

O garoto, oficialmente, mora com a mãe, o padrasto e mais dois irmãos pequenos. A mãe toma remédio controlado por apresentar transtornos mentais e o marido dela trabalha. O menino cresceu convivendo com más influências e passava maior parte do tempo na rua do que em casa. De acordo com o conselheiro tutelar de Santana do Mundaú, Cresivaldo Lúcio de Lima, a situação já estava sendo monitorada pelo colegiado desde quando a criança tinha 4 anos de idade. Foi nesta fase que as primeiras denúncias começaram a surgir.

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"O Conselho Tutelar com as equipes de saúde, como psicólogos e assistentes sociais, estavam monitorando este caso há anos. E a cada dia a situação estava se agravando ao ponto de um colega do menino, bem próximo a ele e que tinha 17 anos, ser assassinado com 17 facadas na cidade. Decidimos levá-lo a uma casa de passagem em União dos Palmares para ele ser acompanhado e não teve jeito", afirmou Cresivaldo Lima.

Segundo ele, o garoto arrumou inúmeras confusões dentro da casa de passagem, fez inúmeras ameaças e agrediu os profissionais. Inclusive, disse que iria atear fogo no local. A mesma atitude teria tomado nas escolas, sendo expulso por mal comportamento. "Os diretores e professores repetiam que não tinham mais condições de mantê-lo como aluno devido às ameaças e as atitudes erradas", relatou.

Diante do quadro grave e dos relatos de que o menino era usuário de drogas, sendo responsável por pequenos delitos na região, o Conselho Tutelar reuniu a equipe multidisciplinar e, juntos, decidiram procurar um internamento para o menor. Conseguiram no Hospital Escola Portugal Ramalho. 

"A intenção é garantir, pelo menos, a segurança e a saúde da criança. Tomamos esta medida extrema com base no princípio legal de garantia de assistência em casos desta natureza. O Ministério Público, o Juizado da Infância e Juventude e a família da criança foram comunicados oficialmente desta ação", comenta Cresivaldo Lima.

O garoto foi internado em Maceió na última terça-feira e passa por avaliação médica constante desde então. Ainda não há prazo, segundo o Conselho Tutelar, para ele receber alta. O Juizado deve decidir qual o futuro da criança após o internamento. "É muito doloroso para o Conselho Tutelar e para a equipe ter que agir desta maneira, mas não podemos deixar esta criança morrer ou ser morta numa situação como esta", avalia.

A Gazetaweb entrou em contato com o Hospital Portugal Ramalho, mas a assessoria de imprensa informou que o ponto facultativo nas repartições públicas, nesta quinta-feira, impedia a checagem de informações de pacientes.

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