Uma celebração ecumênica pela paz e em defesa da população de rua foi realizada, na noite desta sexta-feira (29), na Catedral Metropolitana de Maceió. Na solenidade foi lançado um manifesto que busca ações para defender os moradores de rua.
O projeto foi realizado pela Arquidiocese de Maceió, pela Igreja Batista do Pinheiro - IBP, além da Casa de Ranquines e do Movimento Nacional de População de Rua.
Leia também
"Esperamos que as autoridades acordem para a situação de violência que estamos vivendo nas ruas. É uma população esquecida pelo poder público, mas as autoridades religiosas e as igrejas não esquecem. Queremos dizer a essa parcela da população que a luta é de todos", disse o Frei João Maria, da Casa de Ranquines.
Crismédio Neto, representante da Pastoral O Povo de Rua, da Catedral Metropolitana de Maceió, falou sobre a importância da celebração. "Tem um significado muito grande, tendo em vista o número de pessoas mortas nas ruas que aumentou consideravelmente. Uma sociedade que não cuida das pessoas corre o risco de causar sofrimento e ainda mais violência. Desejamos promover a paz. Quem vive na rua não o faz porque querer", revelou.
A celebração também faz parte de uma homenagem a Walfrido Pedrosa Amorim, de 77 anos, mais conhecido como Nô Pedrosa, morador de rua que foi morto em 24 de dezembro.
Ele foi vítima de disparo de arma de fogo no bairro de Mangabeiras. Além dele, também foi morto José Márcio dos Santos Silva, de 39 anos.
"Nós não queremos que seja apenas uma celebração, mas uma resposta. Uma resposta da igreja e também do poder público, pois necessitamos de políticas públicas. Não aguentamos mais tanta mortalidade. Precisamos da união de forças em prol dos moradores de rua. Eu já estive nessa situação, usei drogas, vivi na rua e sei o que é viver a invisibilidade. Por isso, luto pela causa", contou Rafael Machado, do Movimento Nacional de População de Rua.
O pastor da Igreja Batista do Pinheiro (IBP), Vando Santos, relembrou uma passagem bíblica ao falar sobre a vida das pessoas que vivem em situação de extrema pobreza pelas ruas. "Porque Jesus disse "Eu vim que todos tenham vida e a tenham em abundância". Não é vida pela metade. É direito à educação, saúde e condição mínima de sobrevivência", explicou.
Também participou da celebração representantes do poder público como o deputado federal Paulão (PT), que falou sobre a importância do evento. "É um ato importante de solidariedade que tem como objetivo transformar ações práticas. O verdadeiro Deus vivo é quando a gente presta solidariedade a quem precisa, àqueles que não têm espaço na sociedade. É um problema que compete a toda sociedade, em especial a autoridades públicas, mas também à sociedade civil em geral", disse.
-
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua | -
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua | -
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua | -
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua | -
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua | -
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua | -
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua | -
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua | -
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua | -
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua | -
Celebração marca o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua |
App Gazeta
Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos
