Os frutos daquela que está sendo considerada a maior temporada turística de todos os tempos em Alagoas começam a ser colhidos e são comemorados pelo segmento.
Além de permitir um ótimo faturamento aos maiores empreendimentos turísticos, esse avanço também está levando dividendos aos empreendedores menores, como os profissionais que vendem pacotes dos passeios turísticos, abordando pessoas nos calçadões das praias, nas regiões de maior concentração de visitantes, como a feirinha turística da Pajuçara e nas portas de alguns hotéis da capital.
As vendas dos passeios pelas principais atrações turísticas do estado aos visitantes simplesmente dobraram durante essa temporada, chegando 200% em relação à baixa temporada.
Lenilson Elias dos Santos é motorista particular há mais de 30 anos e afirma que, nesse momento, o negócio da venda de passeios aos turistas está muito concorrido. Ele argumenta que muitos sites de viagens já vendem os passeios incluídos nos pacotes comprados pelos interessados e que quem não tiver personalidade jurídica e firmar parceria com essas empresas terá muitas dificuldades no mercado turístico.
“Sou motorista credenciado em um dos hotéis da capital. Para nós, que somos pessoas físicas, estamos enfrentando uma concorrência muito grande. Hoje, alguns guias de turismo que não atuam em agências utilizam seus carros particulares e até vans para vender os passeios aos turistas, principalmente para Maragogi, Japaratinga, São Miguel dos Milagres, o que torna a concorrência muito alta e desleal”, disse.
Cleodon Cavalcante Rocha também vende passeios turísticos por meio de abordagens diretas aos turistas que circulam no calçadão da Ponta Verde. Segundo ele, os passeios oferecidos são para o litoral alagoano, Foz do São Francisco, em Piaçabuçu, e para Piranhas, na região dos cânions, são os mais vendidos.
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“Na alta temporada, todos os dias sempre foram bons. Atualmente, a gente vende entre dez e quinze passeios por dia. Nos anos anteriores, a gente vendia cinco, seis, explicou.
Para Gabriel Cedrim, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-AL), os compradores desses passeios turísticos durante abordagens diretas por vendedores nas ruas precisam desvincular as suas compras dos hotéis e pousadas onde estejam hospedados, pois os empreendimentos não são responsáveis por serviços como táxi, farmácia, locadora de autos, restaurante, passeios turísticos, delivery, oferecidos por vendedores e intermediários que não são parceiros dos hotéis.
Os preços a serem pagos nos passeios dependem da qualidade do serviço e de alguns opcionais que são oferecidos. Além do traslado, podem ser inclusos os custos dos passeios em embarcações, alimentação e seguro, por conta do turista. Os preços variam entre R$ 120 e R$ 500 por pessoa, conforme a opção dos clientes, e podem ser feitos em automóvel de passeio, van ou ônibus, com saída às 7h e retorno às 16h, diariamente.
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