As visitas de familiares e de advogados aos presos do sistema prisional de Alagoas devem continuar suspensas neste final de semana. A informação foi dada pelo presidente do Sindicado dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Kleyton Anderson, na manhã desta sexta-feira (15).
Os servidores anunciaram que a paralisação está mantida até que o governo cumpra o acordo, garantido a implantação do Plano de Cargo e Carreiras (PCC) e o adicional de periculosidade.
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A proposta do Plano de Cargo e Carreira encontra-se na Assembleia Legislativa para votação.
De acordo com o presidente do sindicato, a paralisação está mantida nas unidades prisionais de Alagoas até que Plano de Carreira e da incorporação do adicional de periculosidade sejam incluídos nos vencimentos, conforme um acordo anterior da categoria celebrado com representantes do Poder Executivo. A proposta encontra-se na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) para votação, mas o adicional não consta no texto do projeto.
Apesar da paralisação há uma semana, os agentes alegam que não estão realizando nenhum movimento grevista, mas, sim, cumprindo apenas o "trabalho seguindo as recomendações de segurança adequadas, que preconizam o efetivo de um agente para cinco reeducandos - padrão distante do nosso sistema prisional". Mulheres de presos têm realizando atos à porta de diversos órgãos cobrando a visita aos seus companheiros que estão detidos.
"Diante da precariedade das condições de trabalho que colocam em risco a integridade dos servidores, reeducandos, visitantes e advogados, apenas os serviços essenciais seguem funcionando", garantem os agentes penitenciários em nota enviada à imprensa. Com a suspensão dos servidores, os advogados cobraram dos órgãos responsáveis pelo Sistema Prisional uma caminho para que as visitas aos reeducandos sejam restabelecidas o quanto antes.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) explicou que o governo tem mantido um diálogo permanente com a categoria através da Seplag. A Seris diz esperar que haja um entendimento para que os agentes penitenciários retomem as suas atividades, sejam cada vez mais valorizados e assegurem as diretivas previstas na Lei de Execução Penal.