Um dos sobreviventes da explosão seguida de desabamento do prédio localizado no residencial Maceió I, no bairro Cidade Universitária, em Maceió, na quinta-feira (7), disse que acordou no hospital sem entender nada do que havia acontecido. Thayrone dos Santos levou 16 pontos na cabeça, sete no braço e carrega diversos arranhões nas costas, que o farão lembrar desde episódio para sempre.
Ele estava na casa da namorada, que também sofreu escoriações. No Hospital Geral do Estado (HGE), para onde foi levado após ter sido socorrido, o mecânico conta que acordou sem saber o que tinha acontecido.
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“Vim me acordar já no hospital, sem entender nada. Disseram que era por causa de um prédio e eu sem entender. Quando cheguei em casa, que vi as fotos de como ficou o prédio, que eu vim entender”, disse, em entrevista à TV Gazeta.
Thayrone sofreu diversas escoriações pelo corpo. Foram sete pontos no braço, 16 na cabeça e outros arranhões nas costas. Agora, em casa ao lado da mãe, ele agradece por estar vivo.
“Só agradecer a Deus por mais uma vida que ele me deu. Isso aqui eu nasci e vivi de novo”.
A mãe dele, Maria Betânia dos Santos, viu os vídeos do desabamento pela internet, mas não sabia que o filho mais novo estava entre as vítimas.
“Ele estava com hemorragia interna na cabeça. Eu ia perder meu filho caçula, ainda estou nervosa com o que aconteceu”, disse.
O morador Alberto Rodrigues teve a casa afetada pelo desabamento e precisou deixar o imóvel. Nessa sexta-feira (8), ele teve autorização para voltar ao apartamento. Por lá, ele se deparou com os prejuízos decorrentes da explosão.
“Eu estava dormindo com minha esposa e o cachorro, e minha filha no outro quarto, já me acordei com o barulho e pensei que era um avião que estava caindo e agora olhando a situação, só Deus para nos livrar. Hoje caiu a minha ficha, só o Senhor para cuidar da gente”, contou, muito emocionado.
Dos 21 imóveis interditados pela Defesa Civil, 13 foram liberados. Oito ainda seguem isolados.
“Oito vão continuar interditados até que se faça os reparos necessários na função estrutural desses apartamentos e eles possam voltar com segurança”, explicou Abelardo Nobre, coordenador da Defesa Civil de Maceió.