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'A gente vai morrer': hóspedes relatam madrugada de terror durante incêndio em hotel na Pajuçara

Família natural de Bauru, em São Paulo, disse que um dos membros sofreu um corte profundo na mão


			
				'A gente vai morrer': hóspedes relatam madrugada de terror durante incêndio em hotel na Pajuçara
Aniele Batista relatou o pânico em que a família viveu. Foto: Reprodução

Um princípio de incêndio que atingiu um hotel no bairro da Pajuçara, em Maceió, na madrugada desta quinta-feira (15), deixou os hóspedes em pânico. O fogo, que começou por volta das 3h, mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e causou momentos de tensão para os ocupantes do estabelecimento.

Em entrevista exclusiva à reportagem da GazetaWeb, a hóspede Aniele Batista, que veio a Maceió com a família - natural de Bauru, em São Paulo, - relatou os momentos de terror que viveu ao lado do marido, durante o incidente.

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Aniele e o esposo estavam dormindo quando foram despertados por um forte cheiro de fumaça. "Eu acordei por volta de umas 3h20 e já senti um cheiro estranho. Meu esposo levantou e eu continuei sentindo. Falei para ele: 'olha, tem cheiro de fumaça'", relatou. A partir desse momento, a situação se agravou rapidamente.

Segundo o relato da visitante, ao perceberem a gravidade da situação, eles tentaram contato com familiares que também estavam hospedados no local e iniciaram os preparativos para deixar o quarto.

"No que a gente começou a sentir cheiro de fumaça, eu liguei para minha irmã e para o meu cunhado, e a gente foi se trocando. Quando abrimos a porta, tinham labaredas e labaredas, muito, muito, muito fogo", descreveu, aflita.

Diante do avanço das chamas, o casal tomou medidas de emergência para se proteger. "A gente trancou as portas e começou a ligar a água, pediu muito socorro, e começou a escutar barulho do fogo queimando. Tentamos mais uma vez abrir a porta, mas não conseguimos. Tinha muito fogo mesmo. Muita fumaça, a gente não sabia se dava para passar", contou.

Em uma tentativa desesperada de conter a fumaça e o calor, o casal improvisou com o que tinha. "Começamos a ligar toda a água, quebrar os vidros. Molhamos travesseiros, toalhas, lençóis e a cortina para tentar não deixar a fumaça entrar", explicou.

Aniele também relatou que outros apartamentos foram atingidos pelas chamas. "Tinha alguém no apartamento à frente. O 601 não tinha ninguém porque, segundo informações, já estava com problema no ar-condicionado. O fogo se alastrou para o 602, ao lado, e o 603, que era ao lado do 604, também tinha gente", completou.

A experiência foi traumática para o casal. "Uma experiência terrível. Eu cheguei a falar para o meu esposo: 'A gente vai morrer, a gente não vai conseguir'. Realmente algo bastante traumatizante", desabafou.

E não foi somente os dois que foram abalados pela situação. Os outros seis parentes também estavam no hotel e tiveram que evacuar o local.

Wagner Aparecido, parente de Aniele e o marido, falou sobre o desespero de tentar encontrar uma saída em meio ao caos. "Não enxergava nada, tinha que ir se batendo para poder achar o local para sair, mas você não enxergava nada, tudo escuro. Agora, estamos aguardando para ver o que vai acontecer, já que não fizemos o checkout. Eu queria sair daqui, já perdi a confiança", falou. Nós vamos embora sábado de manhã, estamos retornando para Bauru. Somos oito adultos. A gente espera que tudo se resolva", completou.

Wagner também compartilhou detalhes sobre o estado de saúde do marido de Aniele Batista. "Ele está sendo levado para receber ponto na mão. Ele está indo para o hospital, porque como o corte foi muito profundo, ele não para de sangrar. Fez um curativo superficial, mas não para de sair sangue, então ele vai ter que suturar para poder parar esse sangramento, porque ele estourou muitas janelas com a mão para poder a fumaça sair", revelou.

Um turista de Minas Gerais, vereador da cidade de Aimorés, identificado como Wagner Bob, contou o que aconteceu. Em entrevista, o parlamentar relatou a demora para o alarme soar, a fumaça intensa e o funcionamento irregular dos elevadores, além de denunciar negligência por parte do hotel em relação a problemas pré-existentes.

Hospedado no 10º andar, o vereador Wagner descreveu o medo. "Aquela fumaça, minha noiva no desespero, e o que eu poderia fazer? Eu queria ir para o 11º". Um dos pontos mais críticos relatados pelo turista foi a demora para o alarme de incêndio disparar. "Demorou demais o alarme de disparar. Mais de 20 minutos, mais de 20 minutos, e aquela fumaça. E, nisso, os elevadores irregulares, tudo balançando, desregulados", enfatizou.

Wagner revelou que já havia percebido um problema anterior no hotel, que possivelmente culminou no incêndio. "O rapaz relatou comigo ontem, dentro do elevador, que o ar-condicionado dele estava com defeito, no sexto andar. E hoje, justamente, o problema foi no ar-condicionado que eles não consertaram. Isso foi uma negligência para mim, na minha visão", denunciou.

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