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TJ determina que Prefeitura retome coleta do lixo com Via Ambiental

Decisão suspendeu contrato emergencial sem licitação com empresa Locar Saneamento Ambiental

Uma decisão do desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) Tutmés Airan determinou à Prefeitura de Maceió o cancelamento do contrato emergencial, sem licitação, firmado com a empresa de limpeza urbana Locar Saneamento Ambiental LTDA, em outubro de 2022. Com isso, a empresa Via Ambiental, que fazia a coleta de um dos lotes do lixo de Maceió até o ano passado, deverá retomar os serviços na capital.

Com o julgamento do Agravo Interno Cível, apresentado pela Via Ambiental, a empresa terá o contrato com o município prorrogado até que seja concretizada a contratação, via procedimento licitatório, com uma nova empresa. O desembargador ressalta que a prorrogação pode durar no máximo dois anos ou até que decisão judicial contrária.

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Na decisão, o desembargador ressalta ainda que a Via Ambiental realizava o serviço de limpeza urbana recebendo um valor de R$ 1,5 milhão por mês a menos do que a estabelecida no novo contrato com a Locar Saneamento Ambiental para a prestação dos mesmos serviços, e cita que o novo contrato foi estabelecido com “evidente afronta aos princípios da finalidade pública (legalidade), razoabilidade, licitação, economicidade e impessoalidade, os quais aponto de forma não exaustiva”.

Em nota encaminhada à Gazeta, a Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) informou que ainda não foi notificada da decisão oficialmente, mas reiterou que, diante da melhoria dos serviços prestados pela atual empresa, apresentará recurso com o intuito de reverter a decisão. Até lá, o órgão adotará as medidas necessárias para o cumprimento da decisão. “A Superintendência reforça, ainda, que manteve os pagamentos dos débitos dos serviços prestados na atual gestão em dia, além de muitas vezes antecipar os pagamentos à empresa.

No entanto, mesmo assim, a contratada atrasava o pagamento dos colaboradores e não cumpria com o serviço da maneira que era contratada, prejudicando os maceioenses”, diz a nota. O diretor da Via Ambiental, Romero Leão, reforçou que a empresa está pronta para reassumir os serviços de limpeza urbana na parte alta de Maceió.

“Sempre tivemos plena confiança de que a Justiça e demais órgãos de controle iriam corrigir os atos administrativos irregulares praticados pela Sudes”, diz.

A decisão da Justiça segue entendimento já apresentado pelo Ministério Público de Alagoas em Ação Civil Pública movida em janeiro de 2023. O pedido foi elaborado pela promotora Fernanda Maria Moreira de Almeida. De acordo com a promotora, o contrato emergencial já ultrapassou mais da metade de tempo de vigência, enquanto a licitação “sequer finalizou sua fase interna”. A promotora complementa: “Em outras palavras, constata-se que a Administração intenciona estender o malfadado contrato emergencial, ilegalmente”.

De acordo com o órgão ministerial, o contrato emergencial entre a Prefeitura de Maceió e a empresa Locar Saneamento fez subir o valor do serviço prestado. Isso porque, na primeira contratação, feita com a Via Ambiental, o valor do contrato orçou em R$ 28.594.121,98 para um período de 12 meses, equivalente a um valor mensal de R$ 2.382.843,49. Com a contratação emergencial, o valor subiu para R$ 29.895.479,16 para um período de apenas quatro meses, totalizando um valor de R$ 7.473.869,79 por mês.

CPI DO LIXO

Em Arapiraca, o contrato para a execução de serviços de limpeza urbana também está sob suspeita.

A Câmara de Vereadores do município instaurou uma Comissão Especial de Inquérito (equivalente a uma CPI0 para apurar supostas irregularidades no contrato com a empresa responsável pela coleta de lixo. Nos últimos dois anos, a gestão do prefeito Luciano Barbosa teria pago, sem licitação, R$ 40 milhões, à empresa Ciano Soluções Ambientais. Os trabalhos da CPI foram interrompidos por causa de uma decisão judicial referente à eleição da nova Mesa Diretora da Câmara.

Esta semana, a Justiça deverá se manifestar mais uma vez com novo posicionamento a respeito da disputa pelo poder na Casa, envolvendo os vereadores Thiago ML (Pros) e Sérgio do Sindicato (União). Entre 2021 e 2023, nada menos que cinco eleições foram promovidas pelos vereadores arapiraquenses, para escolha de uma mesa diretora.

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