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STF dá 15 dias para Bolsonaro dar esclarecimentos em ação movida por Dilma

Em maio, ele afirmou que 'quem até há pouco ocupava o governo' matou um capitão no período da ditadura

O presidente Jair Bolsonaro terá 15 dias para prestar esclarecimentos sobre declarações dadas durante um evento em maio, nos Estados Unidos. A decisão é da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, que é relatora de uma ação da defesa de Dilma Rousseff. A ex-presidente acionou o STF com uma interpolação judicial para saber se a fala de Bolsonaro foi ofensiva à ela.

Em um discurso em Dallas, ao receber o prêmio da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, Bolsonaro disse que "quem até há pouco ocupava o governo teve em sua história suas mãos manchadas de sangue na luta armada, matando inclusive um capitão". Ele se referia ao capitão norte-americano Charles Chandler, morto a tiros em São Paulo em 1968, no período da ditadura militar.

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O presidente não é obrigado a dar os esclarecimentos. O prazo para resposta começará a ser contado a partir da notificação da Presidência da República, o que ainda não havia ocorrido até a última atualização desta reportagem.

"Determino, nessa linha, a notificação do exmo. presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, para que, querendo, responda à presente interpelação no prazo de 15 (quinze) dias", escreveu Rosa Weber.

Na interpelação, a defesa da ex-presidente Dilma quer saber:

  • se Bolsonaro se referia a Dilma;
  • se ele quis dizer que Dilma matou Charles Chandler;
  • caso não tenha se referido a Dilma, se referia a quem;
  • se Bolsonaro sabe quem são as pessoas identificadas como responsáveis pelo crime;
  • se Bolsonaro sabe se algum dos nove identificados trabalhou no governo;
  • se Bolsonaro tem algum documento que indique qualquer acusação formal contra Dilma que envolve a morte de Charles Chandler;
  • o que levou Bolsonaro a fazer tais afirmações.

A interpelação judicial serve para tentar esclarecer se o que a outra parte disse é ou não ofensivo, o que poderia gerar uma ação de crime contra honra.

Se Bolsonaro optar por não responder, o STF informa a quem interpelou, que decide se entra com a ação.

Segundo os advogados de Dilma, dados históricos indicam que as pessoas identificadas como responsáveis pela morte de Chandler não estavam entre aqueles que ocuparam o governo. E que a fala mostra "obscuridade" que pode se revelar "danosa à honra" de Dilma e indicar o cometimento de crimes de injúria e difamação.

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