O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciou nesta segunda-feira (22) a Operação Gárgula, contra acusados de lavar dinheiro e movimentar recursos ilícitos do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega.
Viúva do paramilitar — morto em fevereiro de 2020 na Bahia —, Julia Emilia Mello Lotufo era alvo de um dos três mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital e estava sendo procurada.
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O soldado da PM Rodrigo Bitencourt Fernandes Pereira do Rego foi preso. Segundo o MP, Rodrigo era um dos laranjas de Adriano. Outro alvo seria o sargento Luiz Carlos Felipe Martins, o Orelha, mas ele foi morto em tiroteio no último sábado (20).
A Justiça também determinou o sequestro de R$ 8,4 milhões em bens. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também tentava cumprir 27 de busca e apreensão — dois eram contra irmãs do miliciano.
Nove pessoas foram denunciadas pelo MPRJ.
Milícia e assassinatos
O MP afirma que Adriano chefiava a milícia de Rio das Pedras e integrava o consórcio de matadores de aluguel conhecido como Escritório do Crime.
A TV Globo apurou que, no espólio de Adriano, constam:
- restaurantes;
- postos de gasolina;
- gado;
- cavalos de raça;
- áreas rurais;
- imóveis;
- carros.
Esses bens, segundo as investigações, foram adquiridos com a lavagem de dinheiro de diferentes atividades criminosas:
- mortes por encomenda;
- grilagem de terras;
- construção ilegal de imóveis;
- agiotagem;
- exploração de caça-níqueis;
- cobrança de ágio na água e no gás, vendidos sob monopólio.