O Tribunal de Justiça de Alagoas exonerou a servidora do Poder Judiciário Rita de Cássia da Silva do cargo em comissão que ela ocupava na 8ª Vara Criminal de Arapiraca. A exoneração aconteceu no mesmo dia em que ela foi presa pela Polícia Civil suspeita de repassar informações sobre uma força-tarefa deflagrada há duas semanas, no Agreste.
O TJ/AL, por meio da Presidência e da Corregedoria, esclareceu que continuará tomando todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis para apurar as possíveis infrações cometidas, observando-se o devido processo legal.
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Por fim, o Tribunal de Justiça reiterou sua postura de não tolerar qualquer ato que vise prejudicar o trabalho das autoridades policiais e judiciais.
Prisão
Rita de Cássia da Silva, de 42 anos, foi presa durante uma operação deflagrada pela Polícia Civil, na manhã desta segunda-feira (6), em Arapiraca.
De acordo com o delegado Thiago Prado, coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), a 17ª Vara Criminal expediu mandados de prisão, busca e apreensão e as equipes saíram às ruas, ainda durante a madrugada, para dar cumprimento à decisão judicial.
Além da servidora, também foi preso Rafael Rodrigo Gomes da Silva, suspeito de ter se beneficiado com o vazamento das informações.
"O principal objetivo desta operação é resgatar a imagem do Poder Judiciário. A servidora repassou informações sobre a operação e algumas pessoas deixaram de ser presas, gerando uma perda para as instituições. Por isso, instauramos o inquérito e pedimos a intervenção da Justiça", informou o delegado.
Após ser detida, a servidora foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), para o exame de corpo de delito, de onde deverá ser conduzida para o Presídio Santa Luzia, situado em Maceió.