
Após mais de uma década impune, José Dernival Pereira Silva foi condenado nessa segunda-feira (7) a 17 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da companheira Maria do Socorro, em Arapiraca.
A decisão do júri acolheu as qualificadoras de motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, em julgamento conduzido com firme atuação do Ministério Público de Alagoas, representado pelo promotor Ivaldo Silva.
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O crime brutal ocorreu em 20 de junho de 2011. Naquele dia, o filho da vítima, então com 10 anos, encontrou Maria do Socorro morta com um tiro na cabeça, após a noite em que ela e o acusado haviam consumido bebidas alcoólicas juntos. Testemunhas confirmaram que a mulher sofria agressões constantes e ameaças de morte por parte do réu.
A qualificadora de feminicídio não foi aplicada, pois o homicídio aconteceu antes da lei que criou essa tipificação penal. Segundo o promotor, “desde 2024, o feminicídio é crime autônomo, com penas mais severas, mas as leis penais não retroagem para prejudicar o réu.”
O julgamento, marcado pela emoção, contou com a presença dos filhos adultos da vítima, que acompanharam a sentença que faz justiça após anos de sofrimento. “O Ministério Público cumpriu seu papel e amenizou a dor irreparável da família”, afirmou Ivaldo Silva.
*Com assessoria