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HOME > notícias > JUSTIÇA

Em júri, mãe de universitário assassinado diz ter certeza da culpa dos réus

Gracileide Vasconcelos sabia do relacionamento do acusado e da vítima; Douglas Vasconcelos foi encontrado morto em 2007

O julgamento dos acusados de matar o universitário Douglas Vasconcelos, sequestrado e morto em 2007, começou às 8h, na 9ª Vara Criminal da Capital, no Fórum de Maceió. Em depoimento, a mãe de Douglas, Gracileide Vasconcelos, disse que sabia do relacionamento e que tem certeza da culpa dos réus, José Carlos Oliveira e Clebson Luciano Silva.

Segundo afirmou Gracileide, são dez anos de impunidade e o sentimento é de justiça. "A gente sofre muito com isso. Além de perder meu filho, ainda vemos os dois soltos. Dói muito a falta dele e essa falta de justiça. Tenho certeza de que eles são os culpados. Foram cinco anos de relacionamento do Douglas com Júnior, e a família era ciente. Eles tinham cartão de crédito juntos. Espero que os réus saiam daqui condenados e a justiça seja feita. São dez anos de saudade, de angústia, ressentimento, de falta. São muitos sentimentos".

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A prima de Douglas, Célia, disse que José Carlos e a vítima se conheceram na faculdade e havia uma relação amorosa entre eles.

"O Douglas presenteava muito o Júnior. Uma vez mesmo, a mãe dele foi para São Paulo e trouxe um relógio para meu primo e ele deu para Júnior. O acusado também queria que Douglas comprasse um apartamento e colocasse no nome dele, que aí ele largava a noiva. Eu disse a Júnior que não era certo isso em contei pra mãe e pra vó. Ele ficou até sem falar comigo", relatou a prima, acrescentando que ambos discutiam muito porque Douglas cobrava que Júnior assumisse o relacionamento.

ACUSAÇÃO

O assistente de acusação Lucas Bonfim afirmou que há provas de que os réus cometeram o crime, classificado como homicídio duplamente qualificado. Segundo ele, as qualificadoras serão expostas em um momento oportuno, no júri.

"O motivo do homicídio foi irrisório, tendo em vista o fato de a vítima ter um relacionamento amoroso com um dos réus e de Júnior não querer a exposição social nem a rotulação de ser homossexual. A relação também era marcada por conflitos diversos, como agressões verbais e físicas, além de exploração financeira da vítima. As provas são cabais, robustas e contundentes em mostrar a autoria e a materialidade imputável aos réus", explicou o assistente de acusação.

DEFESA

Por sua vez, a defesa dos réus, representada pelo advogado Welton Roberto, alega a existência de provas contundentes que demonstram a "ausência de participação dos acusados". Na visão de Welton, a acusação é montada em um suposto relacionamento amoroso que não se comprovou.

"Há uma carta supostamente escrita pelo réu e mandamos fazer o exame grafotécnico na Polícia Federal, o que constatou que não foi ele que escreveu a carta", afirmou o advogado.


				
					Em júri, mãe de universitário assassinado diz ter certeza da culpa dos réus
FOTO: larissa bastos

Além disso, Welton apontou que tem como comprovar os álibis dos dois réus, que estavam no show de Ivete Sangalo, e que a perícia de um suposto sangue encontrado no carro de um dos acusados não mostrou vestígios biológicos da vítima. De acordo com o advogado, Douglas teria um amor platônico por Júnior e teria até tentado suicídio.

"Quando ele descobriu que a vítima andava espalhando que os dois tinham um relacionamento amoroso, foi tirar satisfação e, nesse dia, a vítima tentou suicídio. Foi quando a psicóloga interveio e pediu para que o réu mantivesse a amizade com ele para que pudesse sair dessa situação", reforçou o advogado.

Segundo o promotor José Antonio Malta Marques, a acusação vai pedir a condenação dos réus nos crimes de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. As qualificadoras são motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. "Além de eles matarem, esconderam o corpo em outro município distante de Maceió", reforça.

Ele disse que a desqualificação das provas, tentativa da defesa, é um "exercício do esperneande". "As provas não fogem das evidências. O réu nega que tinha um caso amoroso com a vítima,no entanto, toda a instrução esta cheia de provas de que existia uma relação amorosa e há algum tempo. Se formos falar do DNA do sangue no carro, a defesa vai dizer que ele não provou que era da vítima e o Ministério Público vai dizer que não provou o contrário, porque o que os peritos informam foi que o material recolhido foi insuficiente".

O promotor também acrescenta que o réu foi inteligente o bastante para não deixar alguns rastros. "Reputo à inteligência do acusado. Ele foi tao inteligente que nunca se comunicou via internet, não deixava nada gravado, evitava ao máximo possível fotografias e obviamente deve ter mandado outros escreverem a carta encontrada, da mesma maneira que buscou o apoio do primo para matar a vítima", expõe.

Segundo Antonio Malta Marques, caso condenados, os réus devem pegar mais de 20 anos. Eles já foram presos logo na época do crime, mas agora estão soltos e podem recorrer em liberdade se condenados, mas isso dependerá do entendimento do juiz.

O CRIME

O desaparecimento do jovem aconteceu no dia 9 de setembro de 2007, quando Douglas Vasconcelos saiu para um show da cantora baiana Ivete Sangalo, que aconteceria no Centro de Convenções, no bairro do Jaraguá, em Maceió. Os restos mortais da vítima foram encontrados em 5 de outubro.

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