Está ocorrendo nesta quinta-feira (3), no Fórum da Capital, no Barro Duro, o julgamento de José Roberto de Morais, acusado de matar o enteado de 7 anos, Danilo de Almeida Campos, em outubro de 2019. O júri popular está sendo conduzido pelo juiz Yulli Roter Maia, da 7ª Vara Criminal.
A primeira testemunha a ser ouvida, Ana Cláudia Monteiro da Silva, que era vizinha da família à época, contou que, no dia do crime e durante o sepultamento, achou o comportamento do réu frio, por se tratar do padrasto da vítima. Ana Cláudia conta que ficou sabendo da morte quando estava trabalhando. Ela recebeu a notícia por meio da companheira dela.
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“A minha companheira falou que o menino tinha sumido, eu estava no trabalho e quando eu cheguei, por volta de 8 horas da noite, ele não havia sido encontrado. Ela me disse que ele foi levar o almoço para o padrasto e ele tinha sumido. Quando cheguei do trabalho, tomei banho e café e fui dormir, e o pessoal continuou procurando ele. Na madrugada, ela chegou desesperada dizendo que tinham achado, eu achei que tinha sido com vida e ela me disse que tinha sido sem vida", falou.
A testemunha falou sobre o boato da mulher do cabelo verde, que, à época, foi apontada como a suspeita do desaparecimento da vítima. “Estava o comentário que foi uma mulher de cabelo verde que tinha levado o menino. O Daniel (irmão gêmeo da vítima) falava que foi uma mulher de cabelo verde, que o tio Roberto tinha falado. Mas não sei se ele falou porque ouviu os boatos na rua”, pontuou.
A expectativa é que o julgamento chegue ao fim na tarde de hoje. Um dos depoimentos esperados é justamente o do Daniel, irmão gêmeo de Danilo.
O Crime
Conforme a denúncia, José Roberto de Morais estuprou e matou o enteado a facadas e também lavou e ocultou o cadáver da criança. O corpo de Danilo foi encontrado apenas no dia seguinte ao desaparecimento, em uma viela no bairro Clima Bom, na parte alta de Maceió. Em depoimento, José Roberto, que está preso pelo crime, negou envolvimento na morte.