
Foram condenados por latrocíno os dois acusados de matar a mulher trans Grazyele Junqueiro, em Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas, no dia 3 de julho do ano passado. Kayque Silva dos Santos, de 20 anos, pegou 20 anos de reclusão, enquanto Genilson de Melo Viana, de 30, vai cumprir 27 anos, 8 meses e 15 dias de pena. A Justiça entendeu que eles tiraram a vida da vítima para roubar.
Em depoimento, a avó do acusado Kayque Silva dos Santos afirmou que após o crime ele chegou em sua residência e pediu para que ela lavasse sua sandália que estava suja de sangue. A mulher questionou o neto, que respondeu que seria do "bêbado da outra rua que levou uma queda". No entanto, a mulher informou que, ao se dirigir à porta da residência, visualizou o mencionado "bêbado", o qual, no entanto, não estava com qualquer machucado.
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Nos autos do processo foi anexado laudo que mostrou que o sangue encontrado na sandália do acusado Kayque pertencia à vítima. Em depoimento, o irmão da vítima contou que ela foi atingida por inúmeros golpes, ficando com sua cabeça parecendo um “travesseiro” e com um “buraco” na região próxima a um dos olhos.
A decisão foi dada pela juíza Nathallye Costa Alcântara de Oliveira no dia 25 de abril.
O CASO
Graziele Junqueiro foi encontrada espancada dentro de casa no dia 3 de julho de 2023, em Santana do Ipanema, no interior de Alagoas. Ela tinha 38 anos e era funcionária de um posto de saúde, que fica em Lajeiro Grande, na cidade sertaneja. A vítima foi encontrada por colegas de trabalho, que, ao notar sua ausência, foram à sua procura.
Ao chegarem no local, encontraram a porta da casa aberta e a mulher no chão do quarto, com vários ferimentos. Segundo a Polícia Militar, a vítima apresentava várias lesões no rosto. O primeiro atendimento foi feito na unidade de saúde onde ela trabalha. Depois, Grazyele foi transferida para um hospital em Arapiraca.