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Acusado de matar líder do MST é condenado a 18 anos de prisão em regime fechado

Ele vai responder pelo crime de homicídio qualificado; vereador de Girau do Ponciano e irmão foram inocentados

Um dos acusados na morte do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Luciano Alves, conhecido como Grilo, foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio qualificado. A pena deve ser cumprida em regime fechado. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (30), no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió. João Olegário dos Santos, conhecido como João de Lica, cometeu o assassinato em 2003, no povoado Folha Miúda, localizado no município de Craíbas.

Além dele, o vereador da cidade de Girau do Ponciano, José Francisco da Silva, conhecido como Zé Catu (PSDC), e o irmão, identificado como Francisco Silva, conhecido como Chiquinho Catu, também eram apontados como participantes no crime, mas foram inocentados durante um júri popular comandado pelo juiz John Silas da Silva, substituto da 9ª Vara Criminal da Capital.

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O advogado da vítima, Inaldo Valoes, informou que o crime foi considerado homicídio qualificado uma vez que Luciano não teve chances para se defender. Ele também afirmou que a defesa do acusado vai recorrer da decisão com o cliente em liberdade.

De acordo com a apuração, o crime chegou a ser confessado por Josinaldo José dos Santos, conhecido como Xiu, e falecido durante o decorrer do processo. Anteriormente, Chiquinho Catu era acusado de disparar contra Grilo. Já João é apontado como um dos mentores do assassinato.

Conforme os documentos do processo, o crime teria sido motivado por disputa política, já que o líder do MST havia anunciado que seria candidato à Câmara Municipal da localidade. Dessa forma, após ter feito uma ameaça à vítima, o acusado decidiu eliminá-lo com o objetivo de evitar concorrência na eleição.

O julgamento do caso na Justiça chegou a ser adiado por duas vezes. A primeira quando estava programado para acontecer na cidade de Girau do Ponciano, em Alagoas, e na comarca de Arapiraca, em 2013.

JULGAMENTO 

O júri popular do caso do líder MST começou na manhã desta quarta-feira (30)e seguiu até o início da noite, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, localizado no bairro Barro Duro, em Maceió. A sentença que condenou João Olegário dos Santos, conhecido como João de Lica, foi lida pelo juiz John Silas da Silva.

No momento, a primeira testemunha, identificada como Elias Pastor de Azevedo, negou que Luciano Alves foi morto por conta de dívidas. Ele ainda afirmou que conhecia a vítima apenas de vista, no entanto, no dia do crime, a encontrou com os suspeitos em um bar da cidade.

Além disso, Elias contou que não viu o acusado armado. "Não vi João de Lica armado. Me falaram, depois, que a vítima tinha sido morta a tiros. Não cheguei a ir ao local do crime", ressaltou.

Já a segunda testemunha, identificada como Edgar Ferreira Barbosa, é um amigo de Luciano Alves. Ele ressaltou o fato de que a vítima era bastante militante, mas tranquila. "Tinha saído, pois era dia de jogo da seleção e, quando cheguei em casa, fui surpreendido pela notícia da morte de Grilo", concluiu.

Durante o julgamento, dezenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizaram uma vigíliana porta do Fórum. Um deles, o integrante da coordenação do MST, Zé Roberto, pediu que o Poder Judiciário não aceite a impunidade dos acusados.

"Se a sociedade e o poder público condenarem esses assassinos, é possível, assim, que venham a evitar outros assassinatos. Já tivemos vários e, só depois de 16 anos, que um chega ao tribunal. É revoltante", criticou.

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