O júri popular do homem acusado de assassinar a esposa, Alberita Barbosa da Silva, a pauladas, começa nesta quinta-feira (10), no Fórum do Barro Duro, em Maceió. O crime ocorreu em 21 de outubro de 2022. O casal comercializava peixe na feira da Pajuçara, e o crime foi causado por uma discussão pela divisão dos lucros do dia.
O promotor de Justiça, Antônio Vilas Boas, irá argumentar a favor das qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e meio cruel.
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“O casal comercializava peixes na orla de Pajuçara. Começaram a ingerir bebida alcoólica e, por uma discordância do lucro da venda de peixes, entraram em discussão, e ele assassinando a mulher com golpes de porrete, desferidos contra a cabeça da vítima. O réu foi denunciado por crime de feminicídio associado ao meio cruel, quando se infringe à vítima a um sofrimento desnecessário, além do motivo torpe. Esperamos que, ao final, se faça justiça, condenando o réu”, declarou o promotor.
Vilas Boas ressaltou a gravidade da situação no Nordeste, onde muitos homens se sentem no direito de agredir suas parceiras.
“Infelizmente, parece-me que nossas leis não representam um freio inibitório a violência desses homens e, no nosso pobre Nordeste, onde o homem se sente o provedor da família, e assim se acha no direito de agredir a mulher, seja física ou agressão verbal, e em muitos casos, assassinando a própria companheira. Temos a lei Maria da Penha, que me parece que não aplaca a violência desses homens, e outras leis”, concluiu.