O suspeito de ter esfaqueado a ex-mulher, no município de Junqueiro, por não aceitar o fim do relacionamento, apresentou-se, voluntariamente, à Polícia Civil (PC), na manhã desta segunda-feira (5). O Ministério Público Estadual (MPE) já tinha pedido a prisão temporária de João Barbosa dos Santos Júnior, conhecido como "Joãozinho da Nalva", na última quinta-feira (1º), por tentativa de feminicídio.
De acordo com informações repassadas pela assessoria de imprensa do MPE, Joãozinho foi ouvido pelo delegado Gilson Rêgo, que comunicou, oficialmente, ao promotor de Justiça Rodrigo Soares, o cumprimento do mandado de prisão, já que havia sido decretado pela Justiça.
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A vítima da agressão gravou inúmeros vídeos e os publicou nas redes sociais para denunciar a violência que sofreu e pedir a punição do suspeito. Diante da repercussão e de denúncia formalizada pela Associação Para Mulheres (AME), a Promotoria de Justiça pediu a prisão temporária do agressor e acionou o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e a Polícia Militar (PM) para acompanhamento à mulher.
Pelos relatos, Joãozinho invadiu a residência da ex-companheira e a agrediu com várias facadas. A família informou que a vítima sofria ameaças constantes, que se estendiam aos parentes. De acordo com o promotor, o agressor repetia que sua intenção era matar a ex-mulher.
Assim que praticou o ataque, o suspeito fugiu e só apareceu nesta segunda-feira, para se entregar à polícia. Segundo o Ministério Público, o agressor já tem histórico de autoria em violência doméstica, conforme comprovaram outras ocorrências policiais.
E, como a vítima precisa de assistência imediata, Rodrigo Soares solicitou ao Creas o seu devido acompanhamento, com o oferecimento de toda a assistência social e psicológica que ela precisa.
Na sessão ordinária da Assembleia Legislativa (ALE) de quinta-feira da semana passada, o episódio foi repercutido pelo deputado estadual Cabo Bebeto (PSC) e pela bancada feminina da Casa de Tavares Bastos. As parlamentares cobraram concurso para aumentar o quadro efetivo de delegados da Polícia Civil, visando ao acompanhamento dos casos de violência contra a mulher.