Em ação nessa quarta-feira (30), a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Rio São Francisco identificou dois novos sítios arqueológicos, no município de Água Branca, no Sertão de Alagoas. Equipe também localizou, em uma área próxima ao Morro do Craunã, os dois painéis de pinturas e gravuras rupestres.
Segundo informações da FPI, os painéis de pinturas não estão cadastrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas já eram conhecidos pelos moradores mais antigos da região, que batizaram o local de Pedra do Letreiro.
Até o momento, a Equipe 10 (Comunidades Tradicionais e Patrimônio Cultural) já fez três novas descobertas arqueológicas. A primeira havia sido na terça (22), na comunidade Moxotó, Poço da Areia, território indígena Jeripankó, no município de Pariconha. O sítio havia sido localizado pelos indígenas e, assim como os reconhecidos nesta quarta-feira, ainda não está registrado no banco de dados do Iphan.
A arqueóloga do Iphan em Alagoas, Rute Barbosa, integrante da Equipe 10, contou que o reconhecimento do local só foi possível graças aos relatos dos moradores do povoado Tingui, que acompanharam a visita ao sítio. Também foram observados alguns instrumentos de pedra, dentre eles uma machadinha, popularmente conhecida pelos moradores da região como "pedra de corisco" ou "pedra de raio".
Em relação a denominação "Pedra do Letreiro", a arqueóloga explicou que se deve à densidade de pinturas rupestres. "Tratam-se de dois painéis relativamente preservados contendo uma quantidade significativa de pinturas e gravuras rupestres."
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Já o coordenador da Equipe de Comunidades Tradicionais e Patrimônio Cultural da FPI, o antropólogo do Ministério Público Federal (MPF), Ivan Soares Farias, ressaltou que há cerca de 18 sítios ainda sem registro na região, incluindo os localizados em território indígena, passíveis de reconhecimento e registro no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do Iphan.
Compõem a Equipe 10 o MPF, IPHAN, Instituto do Meio Ambiente (IMA), Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), Rede Mulheres de Comunidades Tradicionais (RMCT), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) e Batalhão Ambiental da Polícia Militar (BPA).
*com informações da assessoria.
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