Equipes compostas pelo IBAMA, BPA e IMA, que fazem parte da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), fiscalizaram fazendas no município de Canapi, em Alagoas, e aplicaram autos de infração nesta terça-feira (28).
Ao realizar visitas nos locais, os agentes de fiscalização constataram a destruição da vegetação nativa. Essas ações, de acordo com a FPI, põem em risco as Áreas de Preservação Permanente (APPs), que consistem em uma área coberta ou não por vegetação nativa. O local possui função ambiental de preservar os recursos hídricos, paisagens e a biodiversidade.
Os agentes de fiscalização do IBAMA explicaram que, para que as áreas sejam novamente liberadas para uso, elas precisam de um projeto de recuperação aprovado pelo órgão de fiscalização ambiental.
Produção de carvão ilegal põe em risco bioma da caatinga
Ainda na região, os agentes também destruíram três fornos artesanais, que produziam carvão vegetal. Eles foram desativados porque a matéria-prima usada para fabricação é a própria vegetação encontrada na caatinga.

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Segundo os fiscais do Ibama, a fabricação desses materiais é uma das consequências do desmatamento de árvores nativas.
"O carvão geralmente eles fazem com a madeira que tem um poder calorífico maior, que geralmente é de crescimento lento, e demora muito a crescer, tendo uma qualidade boa de carvão. Então existe uma seletividade, então você gera pressão em determinadas espécies em detrimento de outras", explicou um dos fiscais.
Já o agente do IMA destacou que esse tipo de demolição é um procedimento de rotina durante a fiscalização ambiental, no Sertão alagoano.
"O desmatamento torna-se um grande vilão para o semiárido brasileiro, pois a retirada de vegetação colabora com processos de desertificação, que acabam prejudicando não só o ecossistema como também as pessoas que ali vivem", destacou ele.
*com informações da assessoria.
