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VIDEO: esposas de presos reclamam da demora das visitas no Sistema Prisional

Após protesto realizado neste sábado (15), mulheres chegaram ao Sistema às quatro da manhã, na tentativa de conseguir vaga para visitas

As mulheres dos reeducandos do Presídio Baldomero Cavalcante, em Maceió, reclamaram bastante sobre longa espera para as visitas deste domingo (16). De acordo com informações do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas, Kleyton Anderson, foram liberadas apenas 10 visitas por agente, como determina o Conselho Nacional de Segurança.

Cerca de 300 militares foram enviados para auxiliar durante as visitas de hoje, nos presídios da capital.

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Já era 11 horas da manhã, quando quase 400 mulheres aguardavam a visita íntima. Maioria havia chegado entre três e cinco da madrugada na tentativa de conseguir uma ficha. Muitas conseguiram, no entanto, os agentes informaram que iriam atender apenas 90.

Segundo Edna Silva, a longa espera acontece todo final de semana. "Toda vez é isso, tudo volta e a feira volta. Não aguento mais isso. Apesar de nossos maridos terem cometido crimes, eles estão pagando pelo crime. Temos os nossos direitos", desabafa

Já Luanna dos Santos disse que não vê o marido há quase um mês. "Tem um mês que eu tento tirar fichas e não consigo entrar. Pra entrar tem que chegar três ou quatro da manhã. Eu não consigo chegar esse horário porque eu venho do interior e acabo ficando sem poder entrar no presídio pra ver meu marido", informou.

Veja o desabafo das esposas de dois detentos

Na manhã deste sábado (15), um grupo de pelo menos 15 mulheres - que são parentes de reeducandos -, fecharam um trecho da BR-104, nas proximidades da entrada do Sistema Prisional de Alagoas. Elas teriam sido impedidas de visitar os familiares presos. Militares do Batalhão de Polícia de Guarda (BpGd) estiveram no local e negociaram a liberação da via.

Falta efetivo

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Kleyton Anderson, já havia informado àGazetaweb, no último dia sete deste mês, que o número de visitar e de recolhimento de presos seriam limitados.

"Somente no Baldomero Cavalcanti, estão detidos 1.300 presos, sendo que a capacidade do local é de 444 detentos. As condições são precárias e apenas 10 agentes trabalham por turno. Desta forma, vamos reduzir as visitas para melhora da segurança do trabalhador. Deixo claro que a sociedade não está segura", desabafa.

Sem visitas

No final do mês passado, os agentes informaram que as visitas seriam totalmente suspensas no dia das eleições municipais. No entanto, a proibição não era por conta do dia de votação, mas sim, em sinal de protesto por parte dos agentes, contra o atraso da votação do Projeto de Lei (PL) que busca regularizar o pagamento da bolsa para aperfeiçoamento ofertados pelos servidores.

No primeiro semestre de 2016, segundo o Sindapen, os agentes deflagraram greve por dois meses. Durante esse tempo, não houve visitas aos presos.

Problemas internos

Além da falta de efetivo, os agentes reclamam dos problemas estruturais e da superlotação.Entenda abaixo, o problema da superlotação e da falta de efetivo, baseado neste domingo.

Cadeião

Capacidade: 210 presos

Número atual de detentos: 700

Número de agentes em atividade: 5

Quantidade de visitas regulares, conforme o Conselho: 50 visitas

Cyridião Durval

Capacidade: 387 presos

Número atual de detentos: 800

Número de agentes em atividade: 7

Quantidade de visitas regulares, conforme o Conselho: 70 visitas

Baldomero Cavalcanti

Capacidade: 444 presos

Número atual de detentos: aproximadamente 1300 presos

Número de agentes em atividade: 9

Quantidade de visitas regulares, conforme o Conselho: 90 visitas

Em contato com o Gazetaweb, o presidente do Sindapen, Kleyton Anderson informou que, na tarde de hoje, os militares irão continuar nos presídio até às 16 horas, a fim de que as visitas ocorram normalmente.

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