Trabalhadores da Eletrobras Distribuição Alagoas irão realizar uma paralisação no próximo dia 28 de dezembro, como forma de protestar contra a proposta de privatização de distribuidoras de energia em todo o país. Uma paralisação de advertência foi realizada no último dia 10. No entanto, como a empresa, segundo os funcionários, nega-se a retirar a tema da pauta da reunião que ocorrerá no dia 28, os trabalhadores decidiram realizar mais um ato, em frente à sede da empresa, localizado na Avenida Fernandes Lima, a partir das 9h.
A paralisação é nacional e estará ocorrendo em todas as distribuidoras federais da Eletrobras, nos estados de Alagoas, Acre, Amazonas, Goiás, Piauí, Rondônia e Pará. Durante o movimento, somente os serviços essenciais serão mantidos. Neste mesmo dia 28 de dezembro, Brasília também será palco de um ato em defesa do setor elétrico estatal.
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A decisão pela nova paralisação foi tomada após reunião no dia 16 de dezembro, na sede da holding, no Rio de Janeiro, entre a Confederação Nacional dos Urbanitários - CNU, Federação Nacional dos Urbanitários - FNU, Coletivo Nacional dos Eletricitários - CNE, e as direções administrativa e financeira do Sistema Eletrobras.
Na reunião, a CNU, a FNU e o CNE reafirmaram sua posição contrária à privatização das distribuidoras de energia controladas pela Eletrobras, propondo a retirada do item 9, que determina a venda das distribuidoras de energia da pauta da assembleia dos acionistas, marcada para o dia 28. Contudo, os diretores da Eletrobras alegaram que nada podiam fazer e mantiveram o item 9 na pauta da reunião.
"Os trabalhadores dessas empresas não são responsáveis pela política equivocada de reajuste de energia elétrica adotada no país em 2013, que reduziu, por decreto, as tarifas de energia elétrica sem escutar os técnicos das empresas. Os reflexos desta decisão trouxeram elevado sacrifício para os usuários dos serviços, como é o caso das bandeiras tarifárias", diz trecho de nota encaminhada pelo sindicato da categoria.
A categoria alerta que o serviço caiu de qualidade nos locais em que houve privatização, com as tarifas tendo aumentado ainda mais. Para os trabalhadores, o equilíbrio financeiro das empresas está "no fim das indicações políticas, especialmente das mais de 160 contratações de cargos de livre nomeação, e na mudança da política de governo para o setor elétrico, que insiste em realizar cortes de investimentos imprescindíveis para o atendimento e melhoria da qualidade dos serviços".
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