Das 257 mil pessoas em Alagoas que já realizaram ao menos um teste para diagnosticar Covid-19, 160 mil ganham até um salário mínimo, o que equivale a 62% dos testados.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (20), mostram que 7,7% da população alagoana já passou por este procedimento. O percentual é o sexto maior do País.
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Todavia, a análise dos dados evidencia o perfil dos testados em Alagoas. Além de pobres, 68% deles, o que equivale a 175 mil, são pretos ou pardos e 52% têm idade entre 30 e 59 anos.
O nível de escolaridade mais comum entre os que fizeram testes é médio completo ou superior incompleto, são 89 mil (34%). Logo em seguida aparecem os que não possuem instrução ou apenas fundamental incompleto, são 86 mil (33%).
Considerando a faixa de renda, os mais ricos são os que menos passaram por testes em Alagoas. Apenas 6% dos alagoanos testados ganham acima de quatro salários mínimos, o que representa 16 mil pessoas. Em relação à faixa etária, as crianças são a minoria entre os testados, apenas 9 mil (3%) dos testados tem entre 0 e 9 anos.
Chama a atenção que, mesmo fazendo parte do grupo de risco, os idosos são o segundo grupo que menos passou por testes. Foram 26 mil pessoas com 60 anos ou mais que realizaram o procedimento, 10% dos testados. Os jovens, entre 20 e 29 anos testaram duas vezes mais que os idosos, foram 52 mil, 20% do total de testados.
Dos 257 mil testados em Alagoas, 82 mil (32%) testaram positivo para a doença causada pelo novo coronavírus. Em relação ao tipo de teste, 75 mil pessoas fizeram o teste SWAB, dos quais 34,1% tiveram resultado positivo e 62,7% resultado negativo.
Já o teste rápido por um furo no dedo foram 151 mil pessoas, com 27,4% dos testes com resultado positivo, 70,9% negativo e 0,1% inconclusivo. Por fim, foram 89 mil que fizeram o exame de sangue através da veia do braço, com 38,7% dos casos sendo positivos, 56,6% negativos e 2% inconclusivos.
Na comparação com outros estados, Alagoas (7,7%) foi a sexta unidade da federação com o maior percentual de testes realizados desde o início da pandemia, atrás do Distrito Federal (16,7%), Amapá (11%), Piauí (10,5%), Roraima (9,5%) e Goiás (7,9%).