O homem apontado pela polícia como suspeito de ter oferecido uma garrafa com líquido aparentemente envenenado a moradores de rua, que morreram no município de Barueri, na Grande São Paulo, deu uma terceira versão sobre a origem da bebida nesta quarta-feira (20).
Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que Vinicius Salles Cardoso aborda sete pessoas em uma praça no Centro de Barueri na manhã de sábado (16). Depois de tomar uma bebida levada pelo homem, o grupo começa a passar mal. Meia hora depois chega o resgate, mas quatro pessoas já estavam mortas.
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Vinicius foi preso na terça-feira (19), quando a Justiça decretou prisão temporária de 30 dias.
Antes de ser preso, ele disse à polícia que recebeu a garrafa na Cracolândia, no Centro de São Paulo. Depois, disse aos investigadores que foi abordado pelo motorista de um carro escuro em Barueri, que lhe entregou a garrafa e orientou a entregá-la aos moradores de rua na praça. Já em depoimento na delegacia mudou a versão novamente e disse que achou a garrafa em uma calçada, guardou e resolveu dar a bebida às pessoas.
Com a prisão temporária, a polícia tem um mês para comprovar qual das versões é a verdadeira. Na sexta-feira (22) o Instituto de Criminalística deve dizer se havia veneno ou algum produto químico na bebida. O IML vai apontar o que matou as quatro pessoas.
Em nota, a advogada Patrícia Carvalho, que faz a defesa de Vinicius, considerou a prisão temporária precipitada e que o cliente dela é vítima.
Nesta manhã, os três sobreviventes receberam alta do Hospital de Barueri.
Hipóteses investigadas
Vingança
Uma das hipóteses investigadas pela Polícia é a de que comerciantes poderiam ter dado uma garrafa com bebida envenenada para o grupo que mora nas ruas por vingança. Há relatos de que comerciantes e vítimas teriam discutido antes pelo fato de elas ocuparem a região, atrapalhando o comércio.
Barueri
Outra hipótese vem de uma testemunha. Ela contou à TV Globo que a bebida foi entregue ao grupo em Barueri por pessoas que estavam num carro. A investigação solicitou as gravações de câmeras de segurança para tentar identificar quem levou a garrafa com a bebida às pessoas que estavam na praça. Até esta segunda-feira a polícia não identificou nenhum suspeito nas imagens.
Fatalidade
Na hipótese de ter sido uma fatalidade, as vítimas teriam misturado medicamentos com entorpecentes e álcool e tido uma espécie de overdose. Não está descartada ainda a possibilidade de que o grupo tenha consumido álcool adulterado e se intoxicado.