O Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou audiência nesta quarta-feira (19), para buscar uma solução diante do atraso do Ipaseal Saúde no repasse de recursos financeiros a hospitais filantrópicos de Alagoas. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde cobra o repasse atrasado de mais de R$ 16 milhões.
Conforme a entidade, a dívida reflete um déficit de R$ 500 mil por mês que o Ipaseal deveria ter destinado aos hospitais prestadores de serviço de Maceió e do interior. O atraso ocorre desde 2014. Devido a isso, o pagamento da folha de cerca de 10 mil profissionais estaria prejudicado.
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"Quando o Ipaseal deixa de fazer o repasse para os hospitais, clínicas e laboratórios prestadores de serviço, eles deixam de pagar e isso está afetando os trabalhadores. Tem hospital que deve férias a funcionários desde junho desse ano e, agora, tem o décimo para pagar", afirmou o presidente do sindicato, Chico Lima.
Por sua vez, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), que tem o Ipaseal vinculado à pasta, desconhece a dívida.
"É muito estranho o sindicato levantar essa questão de que o Estado tem um passivo com os hospitais e isso não ser questionado pelos hospitais. Quem deveria estar questionando algum passivo eram os hospitais. Levantaram um valor de R$ 16 milhões que a gente desconhece. Existem algumas questões, inclusive, do governo anterior que a gente tem levantado e que passou pela Controladoria Geral do Estado. O que é mais importante colocar aqui é que o Estado não deveria ser polo dessa discussão. Quem deveriam estar aqui eram os hospitais", explicou Fabrício Marques, da Seplag.
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