Cadáveres enterrados sem reconhecimento estão passando por processo de coleta de impressões digitais pela Polícia Federal (PF) e o Instituto Médico Legal de Alagoas (IML). O objetivo é cruzar as informações com os bancos de dados de impressões da PF e tentar identificar os corpos. O uso do sistema é consequência de um Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a PF.
O Sistema Automatizado de Impressões Digitais (Afis) da Polícia Federal pode tanto cruzar imediatamente a identidade do cadáver, quanto armazenar a informação para uma futura notificação. Segundo a PF, foram coletadas 560 fichas de indivíduos enterrados sem reconhecimento, e 20 já foram identificados.
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“O trabalho de identificação dos cadáveres não reconhecidos possui nítido caráter humanitário e social, pois fornece respostas aos familiares do desaparecido, além de possibilitar o encerramento de eventuais casos criminais abertos que envolvam os identificados”, disse Douglas Saldanha, Delegado Regional Executivo da PF em Alagoas.
Os papiloscopistas Julius Bomfim e Rodolfo Lucas, responsáveis pela condução do trabalho por parte da Polícia Federal, destacaram que “o trabalho só foi possível em virtude do grande empenho e dedicação dos papiloscopistas do Núcleo de Identificação da PF e Instituto de Identificação Mário Pedro dos Santos, vinculado à Perícia Oficial do Estado”.