Uma sessão especial realizada na Assembleia Legislativa (ALE) de Alagoas, na última sexta-feira (30), discutiu a mortandade de peixes no complexo lagunar Mundaú-Manguaba.
Somente neste ano, três casos de morte desses animais foram registradas nestas regiões, nos meses de abril, maio e junho, sendo o último fato em maior quantidade.
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O presidente da Associação dos Pescadores de Marechal Deodoro, Jailson da Silva, cobra do governo Renan Filho (MDB) um posicionamento.
"O governo do Estado nunca se pronunciou sobre essa mortandade. Tiveram três neste ano, uma atrás da outra. Tem uma Superintendência da Pesca que nunca procurou o pescador para saber o que está acontecendo. Quer dizer que é um cabide de emprego essa superintendência? A gente não conhece o superintendente. Chega na reunião, a gente vê ele calado, não fala nada e nunca procurou saber o que o pescador precisa. O pescador em Marechal Deodoro está necessitado. Se ele sair para pescar não tem camarão, não está tendo siri, o peixe pouco e, o pouco que tem, ninguém quer comprar", expôs o pescador.
A sessão foi proposta pelo deputado Cabo Bebeto (PSL) e teve como objetivo buscar entendimentos, perspectivas e soluções para o fenômeno. Mais de 30 mil pescadores sobrevivem da pesca no complexo lagunar. Para os trabalhadores, a iniciativa do deputado foi positiva.
"Para o pescador foi excelente, foi positivo, porque, aqui em Alagoas, nunca teve uma comissão como foi fundada agora a Comissão do CELMM (Comitê Gestor do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba) e, hoje, estamos sabendo que não é só a Câmara de Vereadores de Marechal Deodoro que está preocupada. Estamos sabendo que a Assembleia Legislativa criou uma comissão parlamentar para olhar o problema que vem acontecendo na lagoa Mundaú, e principalmente, na Manguaba", afirmou Jal da Colônia, em entrevista à TV Ponta Verde.
O presidente do Comitê Gestor do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM) e secretário de Meio Ambiente de Marechal Deodoro, Matheus Gonzales, disse que uma frente parlamentar foi criada para desenvolver políticas públicas em defesa do complexo lagunar.
"Essa reunião foi muito importante, porque foi um momento de união de forças para a gente tentar combater as fontes poluidoras das nossas lagoas. Foi constatado, pelos estudos da Ufal e do IMA, que a maior fonte de contaminação é matéria orgânica oriunda dos esgotos domésticos. Ficou, então, planejada a criação de uma frente parlamentar para desenvolver políticas públicas para cuidar e fortalecer o combate a essas fontes poluidoras e, também, fazer a parte de revitalização das nossas lagunas, fazendo a recuperação de mata ciliar e implantando sistemas de esgotamento", explicou.
AGazetawebentrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri) e do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e aguarda um posicionamento acerca do problema.
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