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Paulo Coelho diz duvidar de documento que sugere que Raul o entregou

Em entrevista, Jotabê Medeiros diz que o documento foi mostrado a ele por Coelho, encontrado anexado em uma tese de doutorado.

Paulo Coelho voltou a fazer comentários em suas redes sociais sobre o livro que sugere que Raul Seixas o entregou para ditadura. O autor falou no Twitter nesta quinta-feira (24) se referindo a "Não diga que a canção está perdida" (da editora Todavia), do jornalista Jotabê Medeiros sobre Raul.

"Começo a ter sérias dúvidas dos documentos que o Jotabê Medeiros me enviou, dizendo e insistindo que Raul tinha me denunciado (emails arquivados). O que se passou entre Raul e eu fica entre nós. Vou deletar o tweet da FSP [jornal 'Folha de S. Paulo']. Acho que o cara quer apenas vender a porra do livro", escreveu Coelho.

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Na reportagem do jornal, Jotabê diz que crê que Coelho "não tem a menor dúvida, hoje, após ver o documento, de que Raul o entregou". Ao ser perguntado no Twitter sobre esta parte do texto, Coelho respondeu: "Crê, está escrito. Invenção dele."

Em entrevista ao G1, Jotabê disse que o documento foi mostrado a ele por Coelho, encontrado anexado em uma tese de doutorado. "É um absurdo que ele esteja falando isso", diz o jornalista.

"O Paulo me disse que pelo documento o Raul havia sido incumbido de vigiar ele. Bom, eu fui até o Arquivo Público do Rio de Janeiro e peguei o documento, ele achava que poderia ser inventado. O original está lá, eu tenho fotos, o número da pasta, tudo."

"Quando eu vi o documento ponderei que ele não era conclusivo, e o livro diz que ele não é conclusivo. Ele indica que a ditadura determinou que o Raul fosse contatado, mas não se sabe se foi verdade. O Paulo provavelmente surtou, não sei o que aconteceu com ele. Eu não assumi a questão da delação, ele achava que eu fosse assumir."

Documento sobre caso

O documento cita que o órgão chegou a Paulo "por intermédio do referido cantor". O caso foi revelado em uma reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", que antecipa detalhes do livro. Ele está em pré-venda e será lançado na sexta-feira (1º).

Na quarta-feira (23), o escritor comentou sobre a possibilidade de Raul Seixas tê-lo entregado para a ditadura militar: "Fiquei quieto por 45 anos. Achei que levava segredo para o túmulo." Após a repercussão de seu tuíte, Coelho voltou a escrever: "Não confirmei e não confirmo nada. Eu apenas vi o documento e me senti abandonado na época."

No livro, Medeiros conta que Raul foi chamado para depor no Dops (Departamento de Ordem Policial e Social) algumas semanas antes de Coelho ser detido.

Entrevista sobre caso

Em entrevista à BBC Brasil em setembro deste ano, Paulo Coelho relembrou o episódio de tortura sofrido em 1974. "Os militares não entendiam as minhas músicas. Eles diziam 'Quem são esses caras aí? Raul Seixas e Paulo Coelho. Alguma coisa está errada porque a gente não entende o que eles estão falando'."

"Então, chamaram o Raul para depor. O Raul era o cantor. Como diz o Elton John, 'Don't Shoot Me, I'm Only the Piano Player' (Não atire em mim, eu sou apenas o pianista). Mas a eminência parda, o cara perigoso, o ideólogo era o letrista. Então eles me prenderam. Agora, tem que justificar uma prisão. Não acharam nada", disse.

"Quando eu estava preso oficialmente, fichado, com impressão digital, meus pais conseguiram mandar um advogado. Aí, me soltaram no mesmo dia e me sequestraram em frente ao aterro do Flamengo. Me arrancaram do táxi, me jogaram na grama, me botaram a arma. Eu estava entregue. Aí eu fui torturado, apanhei, essas coisas todas."

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