O Instituto Biota de Conservação encontrou um quadro crônico de parasitose durante a necrópsica da Baleia-fin (Balaenoptera physalus) e considera que esse seja o motivo do primeiro encalhe. O animal voltou a encalhar e veio a óbito nessa quarta-feira (22), um dia após ser reintroduzida ao mar. Outras análises ainda serão feitas para determinar a causa da morte.
Por meio de publicação feita em rede social, o instituto contou que o trabalho levou mais de 12 horas, e que o quadro de saúde do animal estaria complicado antes mesmo do primeiro encalhe, já que apresentava comprometimento dos grandes vasos, rins e pulmões. Mesmo assim, outros estudos serão realizados para que a causa da morte seja definida, como para que o conhecimento necessário para ajudar outros animais possa ser produzido.
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Em vídeo, um representante do instituto informa que, depois de finalizada a coleta de material biológico, o animal será enterrado na mesma praia em que veio a óbito. No entanto, no futuro, seu esqueleto deverá ser montado e exposto para que sua história possa ser contada.
O encalhe
A Baleia-fin (Balaenoptera physalus) foi encontrada encalhada, debilitada, magra e com escoriações, na praia de Carro Quebrado, na Barra de Santo Antônio, na tarde dessa segunda-feira (20). E, após ser atendido por uma equipe veterinária e medicado, o animal foi mantido umedecido para evitar a descamação da pele por cerca de 24 horas, até que sua reintrodução ao mar fosse concluída.
O drama do animal mobilizou não apenas o Instituto Biota de Conservação e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), mas também, a população da região, que ajudou como pôde no processo.
Apesar dos esforços de profissionais e populares, o animal, com cerca de 13 metros de comprimento, voltou a encalhar no dia seguinte, na praia da Barra de Santo Antônio, mas, dessa vez, morto.