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Pandemia: Materiais de construção começam a faltar e sofrem aumento de preço

Alguns donos de depósito têm se sujeitado a comprar mercadorias em outros estados para dar conta da demanda

Se para a maior parte da economia, em especial o setor de serviços, a pandemia de Covid-19 fez desmoronar e desestruturar negócios, na construção civil acabou edificando bons negócios. Seja pela circulação do dinheiro do auxílio emergencial de R$ 600 ou pelo socorro aos estados, o fato é que o setor não sofreu com a crise e chegou até a vislumbrar crescimento. Entretanto, os fornecedores de material não acompanharam a demanda gerada, seja pela compra fracionada ou grandes pedidos.

O resultado é que hoje, em Maceió e no interior, alguns materiais já começaram a faltar. Para suprir a carência, alguns donos de depósito têm se sujeitado a comprar em outros estados, mas isso já não tem compensado por conta dos valores que subiram muito. "Não estou conseguindo mais comprar. Dizem que até o barro para fazer o tijolo está em falta. Estou pensando seriamente em não fazer mais pedido desse produto porque não compensa. O preço está muito alto e para receber uma 'carrada' demora algo em torno de 15 dias", disse a proprietária de um depósito de material de construção sob a condição de não se identificar.

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Ela acrescentou que o mesmo problema tem se refletido no fornecimento de madeira, que também sofreu aumento de preço e ainda demora para chegar. Isso ocorre porque a presença das pessoas em casa, por conta do isolamento social, mas com acesso a recursos, fez muita gente querer investir em pequenas reformas. A prova é que as grandes lojas de material de construção venderam bastante neste período.

O que já passou a se tornar realidade para o pequeno consumidor, na indústria da construção civil também é uma realidade. Só que as obras não podem parar e as empresas acabam consumindo material com os novos preços praticados pelo mercado. Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil, Alfredo Breda, o setor sentiu um aumento de preço do cimento, tijolo, ferro, aço, tubos e conexões, que são essenciais para uma obra.

"Sentimos esse aumento principalmente em produtos que são produzidos por poucas indústrias e que por isso acabam se tornando reguladoras de mercado. O mais grave disso é que no momento em que a construção civil começa a reagir estamos encarando essa realidade o que implica, em outras palavras, ter que passar para o preço final e chegar ao consumidor", analisou Alfredo.

Conhecedor da cadeia produtiva da construção, ele acredita que os órgãos reguladores, juntamente com as representações nacionais do segmento, possam ter força para, juntamente com o governo, intervir positivamente para orientar que não será bom para ninguém a redução de negócios.

De acordo com o presidente, os próximos dois meses podem ser decisivos para que os preços praticados pelos fornecedores se regulem para uma margem dentro da realidade. Sua confiança vem do fato de que as obras não paralisaram e podem até se ampliar. Entre os motivos que ajudaram a inflacionar os preços e até provocar um aumento de 10% dos custos de aquisição, está o fato da indústria, em um primeiro momento, acreditar que haveria retração no consumo. E, por temer acúmulo de estoque acabou decidindo suspender a produção.

Entretanto, a circulação de dinheiro na economia, seja pelo consumo de alimentos e outros bens essenciais, além da chamada compra "formiguinha" do pequeno consumidor fez a "roda da economia" girar. "O resultado é que todos comprando e consumindo fez com que houvesse circulação de dinheiro. E o fato é que na construção civil não houve demissão, pelo contrário, continuou contratando, mas aí já havia uma baixa de material que acabou desregulando o mercado".

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