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Paciente oncológica pode perder transplante de medula após ter tratamento interrompido pelo governo de Alagoas

Secretário de Saúde, Alexandre Ayres, foi procurado pela TV Gazeta, mas não quis dar entrevista; medicamento custa em torno de R$ 400 mil e R$ 450 mil

Uma paciente oncológica está correndo risco de vida após ter o tratamento interrompido pelo governo de Alagoas há dois meses, agravando a taxa da doença em mais de 200%, segundo a família. Marinalva tem 53 anos e luta contra a Leucemia Mieloide Aguda, que é um tipo de câncer no sangue e na medula óssea.

Em entrevista à TV Gazeta, a filha de Marinalva, Mardenia Nunes, explicou que a mãe já havia sido disgnosticada com um câncer de mama, que foi curado há seis anos. No entanto, devido ao câncer anterior, ela não poderia realizar o tratamento convencional, que é a quimioterapia ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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O tratamento atual, de acordo com Mardenia, custa em torno de R$ 400 mil e R$ 450 mil, dependendo do local em que o medicamento é comprado. Esse valor contempla 24 ciclos do medicamento.

Sem poder custear o tratamento, a família procurou a Defensoria Pública do Estado e, na Justiça, conseguiu que o governo de Alagoas realizasse o pagamento do medicamento vital para Marinalva. No entanto, mesmo com a decisão, apenas 11 das 24 sessões foram fornecidas, o que ainda pode trazer mais complicações: a perda da oportunidade de um transplante de medula óssea.

"É um doador 100%, que foi o caso dela. É muito difícil. E a gente conseguiu pelo banco de medula um doador, que é dos EUA, de Washington. Ele vai estar disponível em Recife, no hospital onde vai ser feito [o transplante], no hospital Português, a partir do dia 25 de novembro. [...] Ela precisa seguir com o cilo e, nessa parada que ela teve, ela teve um aumento de mais de 200% de taxa da doença", disse a filha, frisando que, sem os 24 ciclos do tratamentos, Marinalva pode perder o transplante.

Antes de ser interrompido pelo governo de Alagoas, o tratamento era realizado no Hospital Universitário, na parte alta de Maceió. À TV Gazeta, o superintendente da unidade de saúde, Célio Rodrigues, explicou que o paciente leva o medicamento, que é da farmácia do Estado, e a equipe do hospital apenas aplica.

"A própria paciente trás o medicamento e nós aplicamos e administramos. Nós fazermos o tratamento. O hospital não recebeu ou recebe nenhum medicamento direto do Estado ou Município", disse.

Reforçando a preocupação da família com a falta do medicamento, Célio Rodrigues frisou que a paciente não pode esperar para dar continuidade ao tratamento. "Como todos os cânceres, não podemos demorar para continuar o tratamento dessa pessoa. É difícil ter uma medula compatível. Não pode pegar qualquer medula. A estatística aponta, de fato, que há um doador compatível a cada um milhão de pessoas."

Diante do caso, a Defensoria Pública do Estado informou que já ingressou com um pedido de bloqueio de verba do governo de Alagoas para custear o medicamento necessário para o tratamento.

"Nós ingressamos, dentro do processo, com um pedido de bloqueio de dinheiro, de verba do Estado, para que, em posse desse dinheiro, a gente possa comprar a medicação que ela precisa. O que falta agora é sair essa decisão da Justiça, mas o pedido de bloqueio já foi feito", afirmou o defensor público Othoniel Pinheiro Neto.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em nota enviada à TV Gazeta, informou apenas que tomou as providências cabíveis para que o medicamento seja fornecido nos próximos meses. O secretário de Saúde, Alexandre Ayres, recusou o convite para uma entrevista, que tinha como objetivo esclarecer a situação.

Já Mardenia Nunes, a filha de Marinalva, concluiu afirmando que a mãe não pode mais esperar.

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