Instituição de apoio a pessoas com síndrome de down, o Amor 21 coleta tampas de garrafas pet em parceria com o projeto "Tampinha Legal" para, além de incentivar a reciclagem, reformar a sede da organização através da venda do material. Em Alagoas, o Amor 21 foi a primeira instituição que aderiu ao projeto e pede a ajuda da população.
A reforma da sede tem como objetivo melhorar o suporte oferecido às famílias que fazem parte da organização e priorizar o chamado 'estímulo precoce' dos jovens com síndrome de down, para que o fato de possuírem um cromossomo a mais (o de número 21, que dá nome ao projeto) tenha suas consequências amenizadas.
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O Amor 21 é uma instituição de apoio que reúne pais, amigos e pessoas com síndrome de down, que começou com 10 famílias, mas hoje, após 5 anos de existência, agrega mais 150 famílias com pessoas de todas as idades. A instituição realiza projetos de apoio que contam com desenvolvimento em esportes e formações profissionais voltados à pessoa com síndrome de down.
O 'Tampinha Legal' surgiu em 2016, no Rio Grande do Sul, por iniciativa da cadeia produtiva do plástico como forma de reinventar o ciclo de descarte do material. O projeto é voltado para o apoio às instituições do terceiro setor, em especial, às ligadas ao suporte de pessoas com deficiência. Em Alagoas, o Amor 21 foi a primeira instituição que aderiu ao projeto.
ÀGazetaweb, Tony Cabral, integrante do projeto, explicou como funciona a coleta. "A gente espalha pela cidade alguns pontos de coleta, as pessoas depositam as tampinhas nos coletores, logo após a coleta, nós realizamos uma triagem para separação dessas tampinhas por cor e entregamos para a indústria que nos paga, e esse recurso é revertido para financiar os nossos projetos".
A separação por cor é necessária por conta do chamado 'ciclo virtuoso do plástico', já que as tampinhas serão recicladas para que se tornem novamente tampinhas. Além disso, a escolha por tampas de garrafa para mover o projeto se deve não apenas ao material ser mais nobre, mas também à praticidade que o tamanho do objeto oferece. "A tampinha você pode carregar no bolso, na bolsa", expôs Tony.
A arrecadação pela instituição começou em julho de 2019 e tem crescido bastante, chegando a entregar mais de 6 toneladas à indústria. Entretanto, a estimativa de consumo de tampinhas para Alagoas está em 4 milhões de tampinhas por mês, o que mostra o potencial do projeto, que juntou apenas 3 milhões em quase seis meses de iniciativa.

Os pontos de coleta se estendem por todo o estado, contando com escolas públicas e privadas, hotéis, universidades, canteiros de obras, Tribunais de Justiça e até fora da capital em municípios como Arapiraca, Coité do Noia e Girau do Ponciano, também com o apoio de agricultores.
Confira alguns pontos de arrecadação:




