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Músicos criticam decisão do Governo de AL de proibir shows em estabelecimentos

Estado alega que tais ações geram maior aglomeração de pessoas em bares e restaurantes; categoria diz que a música está sendo 'condenada'

Com o avanço da capital para a Fase Amarela do Distanciamento Social Controlado, os músicos de Alagoas foram surpreendidos, nessa quinta-feira (23), com a decisão do Governo do Estado de proibir eventos e atividades de shows musicais em estabelecimentos de bares e restaurantes. Depois de mais de 100 dias sem trabalho por conta da pandemia, a expectativa de voltar com as apresentações no "novo normal" não durou mais que 4 dias.

Um ofício encaminhado à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/AL) reforça que esse tipo de atividade não pode ocorrer por gerar mais aglomeração, seja de profissionais da cadeia musical ou de fluxo de clientes nos estabelecimentos.

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Segundo consta no documento enviado à entidade, a decisão do Governo se baseou em informações obtidas por meio das redes sociais de que "alguns estabelecimentos do segmento da Abrasel, associados ou não, estão descumprindo as normas sanitárias de distanciamento social, bem como divulgando uma iminente realização de eventos, com o intuito de atrair grande público, o que ainda permanece proibido, deixando toda a sociedade insegura".

No entanto, a categoria repudia a decisão e se diz injustiçada com tal ato do governador Renan Filho (MDB). Os artistas afirmam que não são culpados pelo excesso de pessoas e que a fiscalização cabe, apenas, aos estabelecimentos.

A Gazetaweb ouviu alguns artistas a respeito do assunto. Confira:

"Eu acho super injusto, o certo seria punir o estabelecimento que não está cumprindo com as normas. Nós, que trabalhamos com seriedade e respeito ao próximo, temos o dever de lutarmos por nossos direitos. Estou há 145 dias sem trabalhar. Sou mãe de família e espero, de coração, que o Governador Renan Filho reveja essa atitude", expôs a cantora Carla Araújo.

A cantora Tarcy Monteiro acredita que o erro é coletivo. "Entendo que as pessoas estão cansadas de estarem em casa. Mas o erro também vem dos estabelecimentos. Se a 'casa' se dispor (sic) a fazer o que está no decreto dará certo, pois, mesmo sem bandas eu creio que as pessoas continuem sem noção. Falta educação e consciência. Na verdade a população acha que o vírus se foi. E os maiores prejudicados somos nós músicos que vivemos da noite, porque o governo acha que as bandas causam a aglomeração. Em parte eu concordo, em outras não, pois não somos nós que controlamos o fluxo das casas", afirma.

"É lamentável essa decisão do governador. Ele nos deu esperança e, com menos de 4 dias, tirou da gente", disse o cantor Eduardo Pollozi.

Nas redes sociais, diversos músicos compartilham a mensagem de que "a música não tem culpa". Na postagem, os artistas dizem que, por uma falha de readaptação ao "novo normal", a música foi considerada culpada.

"Será que fomos nós que estávamos descumprindo as determinações? Acredito que não é o momento para julgamentos, não é o momento para procurar condenações, é um momento de orientação e readaptação de todos os envolvidos no setor. Erros vão acontecer. Caso alguém não queira se readaptar, que pague individualmente pelos seus atos. Cabe aos estabelecimentos comunicarem aos seus clientes das novas regras a serem aplicadas. Sabemos que o momento é difícil e delicado, não será do dia para noite que tudo será corrigido. Mas todos estamos dedicados a colaborar com as normas de prevenção. FISCALIZAÇÃO é a palavra de ordem!!!", diz trecho da mensagem compartilhada nas redes sociais.

Por meio de nota, a Abrasel Alagoas pediu que o governo do Estado reconsidere a proibição e libere a música acústica ao vivo nos estabelecimentos, tendo em vista que a categoria artística já sofreu bastante com os efeitos da pandemia.

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