Quando você pensa em trabalho doméstico, provavelmente remete-se a ações: lavar a louça, fazer o que consta na lista de tarefas, cortar legumes para a refeição. E não é novidade dizer que as mães geralmente assumem o ônus da maioria dessas atividades.
Mas há uma dimensão invisível que se desenrola nos bastidores: o esforço cognitivo que antecipa as necessidades, planeja, organiza e delega. Em outras palavras, alguém tem que se lembrar de substituir o detergente e selecionar quais legumes cortar.
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Nossa nova pesquisa constatou que essa dimensão cognitiva do trabalho doméstico, geralmente chamada de “carga mental”, é dividida de forma ainda mais desigual entre os casais do que a dimensão física, e parece afetar especialmente a saúde mental das mulheres. De acordo com o estudo que publicamos no “Archives of Women’s Mental Health”, as mães que assumem uma parte mais desproporcional do trabalho doméstico cognitivo relatam níveis mais altos de depressão, estresse, insatisfação no relacionamento e esgotamento.
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