Uma vistoria de rotina da Auditoria Fiscal do Trabalho em Alagoas, realizada nesta sexta-feira (26), interditou as operações de carregamento de açúcar em navios no Porto de Maceió. A ação é a continuidade de uma operação que teve início em 2016, quando foram constatadas uma série de irregularidades.
De acordo com o auditor fiscal do trabalho em Alagoas, César Marques, na época, a administração alegou que não havia condições de realizar as mudanças necessárias no prazo estipulado.
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"A empresa teve tempo para realizar os procedimentos necessários, mas não cumpriu nenhum Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmados tanto com o Ministério Público do Trabalho (MPT) quanto com o Ministério do Trabalho (MTE). Na fiscalização realizada hoje pela manhã, constatamos que os funcionários corriam o risco de esmagamento de algum dos membros, pois a esteira não tinha nenhuma proteção para o trabalhador", disse o auditor fiscal.

Entre os problemas encontrados, segundo o auditor fiscal, três são muito graves.
Cesar Marques informou que houve resistência por parte da empresa quando o Termo de Interdição foi lavrado, e que quando retornou com os documentos impressos, nenhum representante da empresa estava no local.
"A empresa se recusou a mostrar os documentos solicitados para os auditores. Além disso, quando retornamos ao local, constatamos o pleno funcionamento das atividades, mesmo após termos realizado a interdição. Tivemos que chamar a Polícia Federal para servir de testemunha, uma vez que os funcionários não assinaram os documentos", concluiu Marques.