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Militares se unem em protesto contra previdência do governo e por melhorias

Movimentos da Polícia Militar e dos Bombeiros reivindicam melhorias no Hospital da PM e promoções

Membros de diferentes organizações militares de Alagoas, articulados pelo Movimento Unificado da PM, realizaram um ato, na tarde desta quinta-feira (13), em frente ao Quartel do Comando Geral da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), no Centro de Maceió. Eles protestaram contra descontos do Alagoas Previdência feitos pelo governo Renan Filho (MDB).

A categoria também criticou o fato de não poder contar, em plena pandemia, com o Hospital da PM, além de cobrar promoções imediatas e ser contra as despromoções impostas pelo judiciário alagoano.

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"Em plena pandemia, estão tirando dinheiro nosso. Temos companheiros doentes e outros que morreram e as viúvas estão sem receber nada", denunciou o subtenente Geovane Máximo, da União dos Policiais Militares e Bombeiros (UPM).

Ele lembrou também que os militares estão sem nenhum tipo de reajuste ou recomposição inflacionária. E até mesmo o último acordo firmado com o governo não foi concluído, como havia sido previamente negociado com a categoria.

"A última parcela do acordo feito há quatro anos não foi paga. Sem falar que não estamos tendo reposição da inflação. A renda do militar diminui a cada dia", completou Máximo.

O grupo, de dezenas de militares, levou para o pátio do Comando Geral faixas com palavras de ordem: "Governador, queremos a aplicação do direito adquirido". Além da questão previdenciária, os militares também reclamam do atual estado do Hospital da PM, que encontra-se sem o corpo funcional completo.

"Queremos profissionais da saúde para nosso hospital", dizia uma das faixas. Na pandemia de Covid-19, muitos militares da ativa e da reserva se somaram aos números de óbitos do vírus em Alagoas.

A principal denúncia é que a unidade hospitalar, ao longo dos anos, foi sendo sucateada. A última reforma da estrutura foi feita pelo falecido coronel Nilton Rocha. Desde então, o prédio foi sendo abandonado e os profissionais que estão se aposentando não estão sendo repostos. Conforme apurou aGazetaweb,são várias as especialidades sem médico, a exemplo da área de neurologia.


				
					Militares se unem em protesto contra previdência do governo e por melhorias
FOTO: Marcos Rodrigues

"Servi 30 anos e nem direito a um hospital eu tive após um derrame. Tive que ficar no HGE. Minha associação veio buscar ajuda no Comando e nada aconteceu. Temos que parar de baixar a cabeça", disse o capitão Moacir Gouveia.

Em um breve pronunciamento, ele alertou os colegas da ativa que o Estado, depois que os militares vão para a reserva, os trata como "lixo". Ele disse à reportagem que "a sensação é de abandono da corporação". Em seu desabafo, contou que no auge do seu problema de saúde, há cinco meses, a associação pediu ajuda ao Comando Geral, mas ela nunca chegou.

Cortes
A questão previdenciária é um outro ponto que tem afetado diretamente a categoria, em especial os militares que foram para a reserva remunerada, bem como os pensionistas. A perda de renda é brutal, principalmente, num momento em que muitos dependem de tratamento médico e da utilização de medicamentos de uso prolongado.

"O governo agora quer impor uma cobrança injusta aos militares da reserva e viúvas para encobrir seus erros administrativos", disse o sargento Wagner Simas, da Associação dos Praças Militares do Estado de Alagoas (Aspra). 

Com a reforma previdenciária do governo, apelidada de "Lei Renan Filho" por uma parcela do funcionalismo público e opositores da medida, a alíquota previdenciária do estado sobe para 14%. A medida foi aprovada em dezembro do ano passado e é alvo de intensa judicialização e protestos.

Além da previdência e do estado do Hospital da PM, apareceu também a pauta das promoções da categoria. Eles cobram que sejam mantidas as que foram conquistadas na Justiça. A chamada "despromoção" afetou centenas deles, que tiveram queda de renda e a "humilhação" de ver o sonho da progressão na carreira ser aviltado. "São muitas pessoas nesta situação e outros que completaram o tempo e não são promovidos. Por isso pedimos promoção imediata!", cobrou Simas.

Segundo as lideranças, o ato desta tarde foi o primeiro de vários que irão ocorrer, porque estão cada vez mais motivados. Ao passo em que a pandemia e o isolamento for diminuindo, irão reunir mais pessoas, inclusive, as famílias dos militares afetados pela despromoção. O objetivo é conseguir o apoio da sociedade porque foi para ela que todos trabalharam ao longo de 30 anos, em alguns casos. 

"Hoje o governo fica se vangloriando de que está redobrando a segurança com programas que impõem uma jornada ainda mais cansativa para os militares que trabalham em suas folgas ou depois de ter ido para a reserva. Na verdade, o fazem para manter um pouco de renda. Isso não é melhoria na segurança e sim uma escravidão para a categoria que precisa ser valorizada no dia a dia", concluiu Simas. 

Para ele, os coronéis que estão criticando a mobilização, dizendo que ela tem objetivo político, só o fazem porque vivem do lado do poder. E lembra que o anúncio de combate à violência com a presença de homens e mulheres cansados, fazendo trabalho extra, não deixa de ser também uma articulação política do governo para dizer que está controlando os crimes no Estado. 

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