O Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), recebeu do início do ano até esta quinta-feira (16), 105 casos de picadas de serpentes. De acordo com a assessoria de comunicação da Uncisal, os dados apontam o município de Marechal Deodoro como o primeiro em número de ataques.
Só este ano, a cidade, que fica na Região Metropolitana de Maceió, registrou 13 ataques de cobras venenosas, 11 deles causados por jararaca.
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O município de São Miguel dos Campos aparece em segundo lugar, com 7 casos este ano - sendo 6 pessoas picadas por jararaca e 1 por serpente não peçonhenta. Já Maragogi aparece como o município com o maior número de ataques de Cascavel, com 3 casos.
Espécies
Os casos mais comuns, ainda conforme a assessoria, são de envenenamento por picadas de jararaca, com 48 vítimas somente este ano. As cobras não peçonhentas vêm em segundo lugar com 37 casos de ataques. A famosa cascavel aparece em terceiro lugar, com 15 casos, seguida da coral-verdadeira, com quatro ataques, e da surucucu, que foi responsável por uma única picada.
Conforme a infectologista Luciana Pacheco, ao ser picada por qualquer cobra, é imprescindível que a pessoa procure socorro médico imediatamente.
"As pessoas que são acometidas por ataques de serpentes não devem recorrer a crenças populares, como passar fumo, espremer, utilizar torniquetes e outros. Devem procurar o serviço médico de saúde mais próximo, para administração do soro correspondente o quanto antes", explicou a infectologista.
O Hospital Dr. Helvio Auto dispõe de quatro tipos de soros diferentes para administração em pacientes de acordo com a espécie de serpentes, que são as mais comuns da fauna de nossa região: jararaca, cascavel, coral-verdadeira e surucucu.
Além do Hospital Escola Dr. Helvio Auto, por uma questão de rapidez e logística, outras unidades no interior do estado também dispõem de soros antiofídicos, como em Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios e Arapiraca.
Ao serem picadas, muitas pessoas trazem o animal vivo ou morto ao hospital para que seja identificado, mas a médica alerta que esta prática não é necessária. "As manifestações clínicas são soberanas, por meio dos sintomas, nós sabemos qual tipo de veneno foi inoculado e qual a serpente responsável. Não é necessário correr mais riscos para trazer o animal.