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Maior coleção de games do estado de AL chama atenção por quantidade de raridades

O acervo começou a ser montado pelo designer Tom Carvalho há dez anos; paixão por colecionar já começa a atingir outras áreas

Consoles dos mais variados tamanhos, cores, lugares e épocas. Todos devidamente distribuídos em um espaço reservado exclusivamente para sua exposição em um estúdio de designer gráfico no bairro da Gruta de Lourdes, em Maceió. É assim que se mantém organizado todo o acervo do webdesigner e colecionador alagoano Washington Carvalho, de 35 anos, proprietário de 50 relíquias do mundo dos games. A paixão pelos jogos eletrônicos, segundo ele, vem desde criança, e, há pelo menos dez anos, ele começou a colecionar os aparelhos.

"Quando eu era pequeno, meu pai trabalhava com programação de computadores, então cresci com a vontade de programar e trabalhar com computação, e minha primeira curiosidade foi sobre como se desenvolviam os jogos. Isso foi, basicamente, o que impulsionou a minha coleção. Chegou um momento em que eu já estava trabalhando e, por ser um cara nostálgico e que gosta de coisas antigas, resolvi voltar a ter o Atari, que foi o meu primeiro videogame. Quando eu comprei ele de volta, surgiu a vontade de ter de novo todos os videogames que eu já havia tido durante a minha infância e adolescência e, quando vi, tinha começado a juntar e já tinha uma pequena coleção", diz Tom - como prefere ser chamado.

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				Maior coleção de games do estado de AL chama atenção por quantidade de raridades
FOTO: Alexandre Barbosa

Depois de recuperar boa parte dos videogames da infância, como o Mega, o Atari e o Super Nintendo, Tom começou a pesquisar sobre outros modelos, mais raros, aos quais nunca tinha tido acesso - alguns deles sequer haviam chegado ao Brasil até então. Foi nessa época, já com uns cinco ou seis aparelhos, que - ele afirma - percebeu que começou a aflorar o desejo por colecionar. Hoje, o seu acervo de consoles já é considerado o maior e mais raro do estado, contando, inclusive, com um exemplar do Magnavox Odyssey I, que é o primeiro videogame fabricado no mundo, em 1972.

A maior parte dos videogames da coleção não foi adquirida em Maceió, sequer no Brasil. Cerca de 70% dos produtos vieram do exterior, especialmente dos Estados Unidos e de países da Europa. Faz sentido. Estas regiões foram as grandes produtoras de videogames no mundo, sendo os Estados Unidos o maior deles e a Europa despontando com alto índice de produção, principalmente, entre o final dos anos 70 e o início dos 80. "Para conseguir adquirir os equipamentos, entro em contato pela internet com os donos anunciantes. Gosto de conversar com as pessoas que eu compro para saber detalhes sobre o equipamento e até mesmo a história do videogame", afirma.


			
				Maior coleção de games do estado de AL chama atenção por quantidade de raridades
FOTO: Alexandre Barbosa

Em boa parte dos casos, o material é adquirido de outros colecionadores que possuem mais de um exemplar de mesmo modelo, mas também de pessoas avulsas: "Às vezes, encontro pessoas que iriam jogar o console fora por falta de interesse mesmo, por achar que está muito velho, ou pessoas que encontraram algum videogame vasculhando o porão e o sótão e colocam à venda por não terem interesse, então entro em contato e tento realizar a compra".

"Eu brinco que se eu não fosse programador e designer, seria historiador, porque é algo que me fascina de verdade, e coloco isso nos meus trabalhos. Na coleção, eu tento unificar justamente estes três tipos de paixões: a história, já que cada videogame acaba contando um pouco da história, inclusive, da própria computação; a minha profissão de designer, porque acabo me referenciando muito com a cultura pop implantada no mundo pelo surgimento dos videogames; e a parte da nostalgia, que também é algo que me agrada".

ALTAS AVENTURAS


			
				Maior coleção de games do estado de AL chama atenção por quantidade de raridades
FOTO: Alexandre Barbosa

Dentre os videogames que constam no acervo de Tom, alguns possuem histórias bem inusitadas. Um deles, por exemplo, foi trazido direto de Moscou, capital da Rússia. Fabricado no auge da Guerra Fria, nos tempos do bloqueio continental que proibia o recebimento de material norte-americano em território russo, o aparelho foi produzido em pequeníssima escala, apenas para atender a demanda populacional daquele país, e o exemplar do designer alagoano é também o único em território brasileiro.

"Esse videogame é valiosíssimo em termos de colecionismo, por todo o contexto que envolve a sua linha de produção. Quando o vi em um site, cliquei imediatamente para comprar", conta. O inusitado, no entanto, aconteceria na chegada do material ao Brasil. Isso porque o console possui uma arma que é uma imitação fiel de um armamento russo real, o que causou certa estranheza entre os oficiais da Polícia Federal responsáveis pelo confisco das malas no raio-x do aeroporto.


			
				Maior coleção de games do estado de AL chama atenção por quantidade de raridades
FOTO: Alexandre Barbosa

"A polícia me intimou para perguntar o que eu estava trazendo de Moscou com formato de arma. Eles não abriram a mala, e eu tive que explicar que era um videogame, um brinquedo para a minha coleção,caso contrário, não passava", contou, aos risos. Após isso, para entender o manual, todo em russo, Tom foi em busca de colecionadores que participavam dos fóruns online que pudessem traduzir as informações. "Só aí é que fui saber, inclusive, o nome do fabricante, porque antes não dava para entender nem isso".

Em outra ocasião, em uma viagem com a esposa para Santiago, no Chile, Tom conta que encontrou um colecionador, de quem adquiriu um outro aparelho já fora de circulação. "Pedi para que a gente se encontrasse em um ponto para que eu pegasse o videogame. O problema é que eu não fazia ideia de como ele era grande! Resultado: comprei o videogame, só que tive que desocupar a mala que era para voltar cheia de roupa, e deixá-la só para transportar o videogame, porque a caixa ocupou a mala inteira", contou.

Para driblar o contratempo, o casal vestiu, então, várias peças de roupa de uma única vez, tudo para garantir que o videogame chegaria "são e salvo" a Maceió.

E NA HORA DE MANTER?

Para garantir a manutenção de todo o material, uma limpeza periódica é realizada, para que não se acumule poeira ou as partes em plástico ressequem. Além disso, Tom afirma que procura manter os aparelhos ligados, para que os capacitores sejam mantidos funcionando e os aparelhos permaneçam intactos.

Em caso de peças quebradas, nem sempre há como remediar a situação - e, quando há, o conserto geralmente é feito em São Paulo e custa caro. O melhor remédio é mesmo a prevenção e "a saída mais assertiva é cuidar deles e ir utilizando para que tenham uma vida útil. Mas também é preciso entender que uma hora cada um deles deixará de operar, afinal são máquinas".

UMA PAIXÃO QUE SE EXPANDE, MAS NEM TANTO


			
				Maior coleção de games do estado de AL chama atenção por quantidade de raridades
FOTO: Alexandre Barbosa

A mania de colecionar de Tom avançou para o restante da família e o ambiente de trabalho que divide com a esposa também passou a contar com outras coleções, como a de câmeras antigas da sua esposa, Karla Santa Maria, que é fotógrafa, e a coleção de bonecos decorativos. O designer, no entanto, ainda não considera estes acervos "realmente como coleção".

"Coleção aqui para mim é apenas a de videogames mesmo, porque eu realmente me dedico, pesquiso sobre a história, mergulho mesmo de cabeça nesse universo. Os outros objetos foram mais por coincidência mesmo, de forma despretensiosa, mais com o objetivo de decoração", afirma. Os novos acervos, no entanto, já começam a fazer volume no espaço. O de bonecos, por exemplo, já conta com mais de 200 exemplares, de variados tamanhos e cores.

Em meio aos cuidados, a família também aproveita para se divertir com os videogames e, de vez em quando, leva algum para casa para passar o final de semana. Tom admite que os novos videogames são bons, mas que se diverte muito mais jogando os antigos, e, desses, os seus preferidos são o Pitfall, do Atari, e o Street Fighter e Mortal Kombat, do Super Nintendo. As fitas dos consoles são outro objeto de coleção, estes guardados em sua casa, e já ultrapassam as 200 unidades. Todos os equipamentos do acervo, aliás, estão em perfeito funcionamento.

COMPARTILHANDO CONHECIMENTO


			
				Maior coleção de games do estado de AL chama atenção por quantidade de raridades
FOTO: Cortesia à Gazetaweb

Com a fama adquirida com a coleção, Tom passou a receber pessoas de diversos lugares em seu estúdio, que muitas vezes estão apenas de passagem na cidade, mas, por conhecer sua história, aparecem querendo admirar os consoles e conversar sobre eles. E ele mesmo afirma que, como o seu trabalho, de certa forma, se comunica com o mundo da tecnologia e os games, a fama de colecionador ajuda a angariar alguns clientes.

Ele costuma ser convidado para dar palestras e fazer presença em alguns eventos, geralmente ligados à tecnologia - todos aqui em Maceió, por enquanto. "Deslocar todo o material dá trabalho, mas também é muito prazeroso, porque sempre nos recebem de maneira calorosa. Quando exponho, gera muita curiosidade, acredito que, justamente, pelo fato da coleção ser formada por videogames dos quais a galera quase nunca ouviu falar, então elas param muito para ouvir sobre e acabam aprendendo demais".

Nas palestras, Tom afirma que costuma dar ênfase ao fato de que o foco principal de sua coleção é, além de ter os videogames, manter viva a história deles.

  • Além de expor material em seu estúdio, Tom Carvalho também participa de eventos
    Além de expor material em seu estúdio, Tom Carvalho também participa de eventos |
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