O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), questionou, nesta terça-feira (29/9), nas redes sociais, os motivos pelos quais o ministro da Economia, Paulo Guedes, "interditou" o debate sobre a reforma tributária. A manifestação ocorre um dia depois do governo adiar a apresentação da segunda parte da reforma.
O governo já entregou a primeira parte da reforma tributária, que prevê a unificação do PIS e da Cofins em um novo tributo sobre valor agregado, com o nome de CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e alíquota de 12%.
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A segunda parte da reforma, que estava prevista para ser entregue nessa segunda-feira (28/9), foi adiada. Mas o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), confirmou a criação de um novo imposto sobre transações financeiras, com alíquota de 0,2% - nos moldes da antiga CPMF.
O presidente da Câmara já se manifestou diversas vezes contrário à recriação de impostos e, consequentemente, ao aumento da carga tributária.
Rompidos
Maia e Guedes estão rompidos desde o início deste mês, na esteira da reforma administrativa, quando o parlamentar disse que o ministro da Economia proibiu a equipe econômica de conversar com ele.
Contudo, apesar de ambos defenderem a agenda liberal, a relação entre eles sempre foi de altos e baixos. O estremecimento começou ainda nos debates em torno da reforma da previdência, quando Maia ganhou os louros pela aprovação.