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Mãe de bebê carbonizado nega que tenha deixado crianças sozinhas em casa

Adriana Maria e uma amiga, que esteve na casa dela no dia do incêndio, prestaram depoimento à Polícia Civil

A mãe da criança de 1 ano e 7 meses que morreu carbonizada durante um incêndio, no município de Joaquim Gomes, no interior de Alagoas, negou que tenha deixado os filhos sozinhos. Segundo Adriana Maria da Silva, que está sendo acusada de negligência, as crianças sempre ficavam com algum parente dela. No dia do incidente, os menores ficaram com uma amiga da mãe, que acabou dormindo e deixando as crianças acordadas no imóvel. Testemunhas prestaram depoimento na Delegacia de Joaquim Gomes e outras pessoas devem ser ouvidas ao longo da semana.

"Sozinha eu não deixava. Deixava com tios, com os vizinhos, mas sozinhos eu nunca deixei", afirmou Adriana.

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Apesar de negar as acusações de abandono de incapaz, a mãe disse que está arrependida de ter deixado as crianças aos cuidados de terceiros. "Eu não me sinto bem desde esse dia. Estou arrependida porque nunca aconteceu essas coisas. Já aconteceu muita coisa comigo, mas essa foi a pior de todas".

Uma amiga de Adriana confirmou àTV Gazetaque esteve na residência no dia do incêndio e que, no local, houve consumo de bebida alcoólica. Elisângela da Silva é irmã da mulher que teria ficado no imóvel cuidando das crianças. Ela disse que a irmã teria dormido depois que a mãe das crianças saiu.

"A mãe dos meninos chamou a gente pra ir na casa de um menino que ia dar mais dinheiro pra gente beber. Nós tomamos banho e fomos. Minha irmã ficou dormindo no segundo quarto e as crianças ficaram acordadas. À noite ela recebeu uma ligação sobre o incêndio".

Ela disse que a mãe passou o dia todo fora de casa, deixando as crianças sob os cuidados da amiga. "A gente foi na casa do homem e não tinha, ele deu dinheiro da moto pra gente voltar, mas ela não quis, ela quis ir na casa do namorado dela de novo".

Testemunhas contaram que o fogo começou depois de uma brincadeira com fósforo, feita pelas crianças mais velhas. Os vizinhos disseram que a mulher que estava dormindo no quarto foi acordada pelas crianças de 2 e 5 anos. Ela conseguiu pegar as crianças e ir em direção à porta, que estava trancada. Os vizinhos, então, quebraram a porta e entraram no imóvel. Mas não conseguiram resgatar o bebê.

Higor Silva é vizinho da família e ajudou no resgates das crianças. "A visão desta casa, no momento em que eu cheguei, era assustadora, digna de filme de terror. A indignação popular era muito grande, as pessoas gritavam na rua pedindo justiça. A gente espera que o caso seja solucionado de uma forma que a justiça seja feita e que a vida de criança que foi perdida seja lembrada como um fato a jamais se repetir em lugar algum".

As duas crianças que sobreviveram foram encaminhadas para a casa de parentes da mãe. O bebê foi identificado como Weverton Lucas da Silva.

"Estamos aguardando que o juiz resolva como vão ficar essas crianças. Tem um processo demorado já que trata-se de vidas. Elas já sofreram muito, estão traumatizadas. E, para o Conselho Tutelar, nós entendemos que o melhor para elas não é ficar perto da mãe no momento", afirmou a conselheira tutelar Lidiane Grigório.

Um policial, que não quis se identificar, disse outras testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Ao final do inquérito, o caso será submetido ao Ministério Público Estadual (MPE). O pai da criança ainda não foi localizado.

"Vamos ouvir a mãe, a irmã dela e duas ou três pessoas que podem colaborar com isso. Até o presente momento, o pai da criança não se manifestou, mas seria interessante pra gente também. Não a título de responsabilidade, porque ele não estava no local, mas seria interessante para subsidiar o trabalho do Conselho Tutelar, do MP", afirmou o policial.

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