No dia em que ocorre a eleição para o triênio 2020/2022, da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), o candidato da Chapa 2, Major Wellington Fragoso, afirmou à rádio98.3 Gazetaque o governo Renan Filho (MDB) não valoriza os policiais militares e bombeiros de Alagoas. Segundo ele, a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros (CB) estão executando seus trabalhos, mas sem receber a valorização que precisa.
"Por exemplo, estamos com alguns reajustes anuais em atraso, o que é feito com base no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Já temos dois. E esse reajuste está previsto na Constituição Estadual, na Lei de Vencimento da corporação. Já que o estado faz a readequação dos seus impostos estaduais, nós também precisamos ter a recomposição dos nossos salários para que não percamos o nosso poder de compra, que é muito importante. Se deixarmos pra lá, vão ter vários juntos e terá aquela nova guerra de novo para recuperar. Não podemos permitir. Os policiais estão trabalhando para trazer a segurança de novo para a população, mas precisamos de valorização. E a associação é muito importante na busca dessa valorização, porque o governo jamais vai chamar qualquer categoria para dar uma correção salarial", disse.
Leia também
Para ele, as negociações deveriam ser feitas pelos próprios comandos dos batalhões. "Mas o comandante, geralmente, está ali no grupo do governo, é um cargo do governo e não vai se indispor, e isso acaba ficando a cargo das associações", afirmou.
CANDIDATURA
Candidato pela Chapa 2 - Independência e Trabalho -, o major falou um pouco sobre sua trajetória à frente da entidade, do qual foi presidente por 9 anos.
"Estamos encabeçando a chapa 2 para, de novo, dar um dinamismo à nossa associação e buscar os resultados que as tropas precisam. Estive afastado e um novo grupo assumiu e, nessa eleição, voltamos para disputar com eles. Essa disputa é democrática e vai conseguir ganhar quem levar mais oficiais para votar e quem angariar a simpatia deles. E eu espero que seja a chapa 2, pois já temos experiência no ramo, passamos nove anos por lá e, agora, vamos de novo mostrar a nossa capacidade de gerir a entidade".
Conforme o candidato, à época que foi presidente da associação, conseguiu bons resultados para a categoria.
"Durante o tempo que passei na gestão, conseguimos atingir um patamar de 120% de correção salarial para os militares, enquanto que o servidor civil conseguiu apenas 56%. Isso é fruto do nosso empenho, que eu espero que seja reconhecido, isto porque o grupo atual não trouxe nenhuma melhoria substancial para a tropa. Trouxeram apenas 13% nesse período de 3 anos que estão em frente à tropa".
Despromoções
De acordo com o major, toda a chapa composta pela diretoria executiva, conselho fiscal, conselho deliberativo e suplentes está acompanhando, de perto, a problemática que trata das despromoções de cerca de 500 militares.
"Essa questão, nós estamos acompanhando de perto, mesmo sem nem estar na associação. Eu tive que judicializar a minha ação porque, pelo meio administrativo, não era possível. Todos os militares estão buscando na Justiça o direito de galgar um posto maior. Essa decisão do Tribunal de Justiça é polêmica, porque ninguém pode impedir que as pessoas busquem o Poder Judiciário para resgatar o seu direito. A Justiça é o órgão que deve dividir os interesses do Estado e do servidor. Acho que tem que ser encontrado um meio termo para os dois lados", finalizou.